Manno Goés defende engajamento de artistas; Diretas deve focar em 'projeto político'
Por Ailma Teixeira / Luana Ribeiro
O cantor e compositor Manno Goés defendeu neste domingo (11), durante a movimentação organizada por artistas e movimentos sindicais no Farol da Barra, que os artistas tenham atuação política, a exemplo do ato desta tarde. “Acho que a gente deve transformar todo ato político em arte sempre. E a arte tem também a função de transformar a poesia em política. Nós somos seres políticos, porque nós somos seres políticos e temos os mesmos sentimentos. Eu acho que os artistas sempre contribuem de forma muito positiva para a convergência social”, acredita. “É a cultura que sempre foi um instrumento de resistência, de transformação, e a gente traz a nossa arte em prol disso, de dialogar, de comunicar, de trazer sentimentos positivos, para que as pessoas manifestem sua insatisfação, seu refúgio, um governo impopular, um governo ilegítimo. Estamos aqui lutando pelas “Diretas Já”, gritando “Fora, Temer”, gritando pela ética moral, pessoal, de cada um”, completa. Questionado sobre um nome possível para caso a reivindicação de “Diretas Já” seja alcançada, Manno não citou alguém especificamente. “Eu acho que nós temos que pensar em projetos. É o projeto político que é importante, não o personagem político. O brasileiro confunde muito o personagem com o projeto político. Acho que nós temos diante de nós a capacidade de decidir qual o melhor projeto político. Isso que é importante: que cada um decida por si. As urnas representam legitimidade. Por isso que nós pedimos “Fora, Temer”, porque ele não representa a legitimidade do projeto escolhido pelas ruas”, destacou.