Ministro Admar Gonzaga vota contra cassação de Temer; placar está 2x1 para absolvição

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Admar Gonzaga, votou para não cassar a chapa Dilma-Temer nesta sexta-feira (4). Com a decisão, o placar da votação está 2x1. Em sua sustentação, Gonzaga julgou improcedente porque, de acordo com ele, não há prova robusta de que irregularidades foram cometidas. O ministro afirmou que não vê elementos de abuso de poder econômico. Quanto ao desvio de dinheiro para gráficas, o ministro afirmou que “não é possível afirmar categoricamente que houve desvio de dinheiro da campanha”. Quanto às propinas supostamente desviadas da Petrobras, o ministro afirmou que não há comprovação de que a ação tenha sido feita durante a eleição de 2014. “É certo que houve propina da Petrobras antes e pode ser que tenha havido, mas é preciso saber qual parte desses depósitos tenham ido para 2014. Havia esquema de distribuição de propinas em obras na Petrobras, para diretores, partidos e dirigentes partidários. Grande parte do dinheiro era doado para PT e PMDB, além de que várias empresas doavam espontaneamente, para estreitar laços. No entanto, não há prova cabal de que os recursos da campanha de 2014 tenham vindo daí, nem que as doações feitas em 2014 tiveram origem ilegal”, disse. O ministro Napoleão Nunes votou contra a cassação de Temer (veja aqui). Já o relator do processo, Herman Benjamin, votou para cassar a chapa Dilma-Temer (relembre aqui).