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Em 4 meses, Coronel cumpre promessas, tem 2 tentativas de CPI e lida com 1ª crise do governo

Por Rebeca Menezes

Em 4 meses, Coronel cumpre promessas, tem 2 tentativas de CPI e lida com 1ª crise do governo
Foto: Jefferson Peixoto / Ag. Haack / Bahia Notícias

Se a sensação de que o ano está passando rápido já começa a circular entre diversos grupos sociais, na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) essa ideia deve ser ainda mais forte. Em apenas quatro meses da gestão de Angelo Coronel (PSD) à frente da presidência da Casa, os parlamentares já viram promessas antigas sendo cumpridas, briga física entre deputados, dois pedidos de abertura de Comissões Parlamentares de Inquéritos (CPIs), uma bancada independente criada e desfeita e até uma crise institucional da gestão do governador Rui Costa. Coronel assumiu a presidência oficialmente no dia 2 de fevereiro deste ano, depois de conseguir acordos com um número suficiente de colegas para fazer o então presidente, Marcelo Nilo (PSL), retirar sua candidatura (lembre aqui). Depois de dez anos sob o comando de Nilo, a AL-BA viu o deputado do PSD cumprir as promessas que havia feito em busca do cargo: criou o Colégio de Líderes, que deveria discutir os projetos que seriam levados ao plenário (veja aqui); votou projetos importantes como a criação do Fundo Penitenciário com apoio de governistas e oposicionistas (lembre aqui); e acabou com a reeleição para os cargos da Mesa Diretora em uma mesma legislatura, incluindo a presidência (entenda aqui). Também chegou a implantar as "quartas parlamentares", para votar projetos de deputados - ideia que em pouco tempo já encontrou entraves na própria Legislação, que transforma em inconstitucionais a maioria das propostas (entenda aqui). Coronel ainda devolveu 15 policiais militares que estavam a serviço da AL-BA (veja aqui), firmou convênios com o Gaac e com o hospital Aristides Maltez (veja aqui e aqui) e provocou mudanças no Regimento Interno para cortar o ponto de deputados faltosos (entenda aqui) e reduzir o número de membros da Mesa necessários para se manter uma sessão (veja aqui). Mas, se em pouco tempo o pedetista conseguiu feitos importantes, também teve que enfrentar alguns momentos delicados: dois deputados chegaram às vias de fato durante uma sessão da Casa depois de um desentendimento por questões pessoais (lembre aqui) e houve duas tentativas de instalar CPIs: uma do Centro de Convenções da Bahia (lembre aqui) e outra da Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento (Cerb) – que ainda é buscada pela bancada de oposição (veja aqui). Enquanto avaliava os pedidos de investigação, viu o PSL formar uma "bancada independente", que cobrava mais espaço na gestão estadual, voltar ao simples posto de governista após uma movimentação de bastidores tirar dois parlamentares do grupo (entenda aqui). Agora, enfrenta a principal crise institucional do governo: sem o pagamento de emendas impositivas e com quase permanentes problemas com o secretário de Relações Institucionais, Josias Gomes, os deputados da base governista têm se recusado a votar projetos do Executivo (entenda aqui). Com isso, Coronel tem tido problemas para garantir o quórum e "manter a paz" entre os parlamentares (veja aqui). Ao Bahia Notícias, Coronel disse que chega a ficar surpreso com a quantidade de ações realizadas e avaliou o período como “positivo”. “Os servidores resgataram sua autoestima, os deputados não têm mais vergonha de se identificarem como parlamentares. Eu almocei com toda a equipe e até eu me surpreendi com a quantidade de coisas que foram feitas”, comemorou. Questionado sobre qual foi o ponto principal de sua gestão nesse período, o presidente cravou: “A independência do Poder, mantendo a harmonia com o Executivo e o Judiciário. A Assembleia deixou de ser quase uma secretaria do governo e voltou ao seu real papel. Esse é o meu orgulho. E o governo entendeu isso também”. Em seus primeiros meses na presidência, Coronel aproveitou para lançar uma nova logo para a Assembleia. Se os próximos meses da sua gestão continuarem movimentados, para o bem ou para o mal uma coisa é certa: ele deixará sua marca na AL-BA.