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Em vídeo, Aécio justifica empréstimo de R$ 2 milhões e nega ter cometido crime

Em vídeo, Aécio justifica empréstimo de R$ 2 milhões e nega ter cometido crime
Foto: Reprodução

Sem aparecer em público desde a deflagração da operação que resultou na prisão de sua irmã Andrea, no último dia 18, e após conversas suas gravadas virem à tona um dia antes, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) divulgou vídeo no qual se defende das acusações da qual é alvo. “Eu devo isso a vocês”, afirma o congressista, que disse ter sido alvo de uma “armação”. “Eu fui vítima de uma armação conduzida por réus confessos que só tinham um objetivo: livrar-se dos gravíssimos crimes de que são acusados, mesmo que, para isso, tentassem implicar pessoas de bem”, afirmou. Aécio não negou o conteúdo das conversas que teve com o empresário Joesley Batista, sócio da JBS, mas defendeu que a situação na qual se encontrava foi uma encenação. “Há cerca de dois meses, eu pedi a minha irmã Andreia que procurasse o seu Joesley e oferecesse a ele a compra de um apartamento onde minha mãe vive há mais de 30 anos, herança de seu ex-marido, e que havia sido colocado à venda. Com parte desses recursos, eu poderia então pagar as despesas com a minha defesa em inquéritos que, tenho certeza, serão arquivados. E fiz isso porque não tinha dinheiro, não fiz dinheiro na minha vida pública”, relata. Diante da proposta de Aécio, por meio de sua irmã, Joesley teria, segundo o senador, conduzido a negociação para outro caminho. “Um empréstimo de R$ 2 milhões, que era o que nós calculávamos, teríamos que gastar ao longo dos próximos anos. Esse dinheiro, é claro, seria regularizado através de um contrato mútuo, até para que meus advogados pudessem ser corretamente pagos”, justifica. Segundo Aécio, a intenção do empresário era criar uma “falsa situação” que desse a aparência de um ato ilegal. “Não cometi qualquer crime”, disse, repetindo a mesma defesa para a irmã Andrea e o primo, Frederico Pacheco de Medeiros, que também foi preso – nas gravações, Aécio o indica como receptor do dinheiro. O tucano, no entanto, admite que errou por “ter permitido que minha irmã se encontrasse com um cidadão cujo caráter agora todo mundo conhece”; por ter se deixado enganar por “uma trama montada por criminoso; e por usar um palavreado que ele diz não ser acostumado a usar, mesmo em situações privadas. Ele afirma ainda que os irmãos Batista voltem ao Brasil para responder pelos seus crimes. “Os criminosos são aqueles que se enriqueceram às custas do dinheiro público e que agora, nesse instante, lá no exterior, zombam dos brasileiros com os inacreditáveis benefícios que obtiveram”, criticou.