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Ticiana Villas-Boas e Patrícia Abravanel teriam participado de jantar sobre propina

Por Estela Marques

Ticiana Villas-Boas e Patrícia Abravanel teriam participado de jantar sobre propina
Foto: Leonardo Nones / SBT

Duas estrelas do SBT teriam participado de um jantar onde foram negociadas propinas entre a JBS e políticos do PSD. A apresentadora e filha de Silvio Santos Patrícia Abravanel teria acompanhado o então noivo, deputado Fábio Faria (RN), e participado de um encontro na casa da também apresentadora Ticiana Villas Boas, esposa de Joesley Batista, sócio do frigorífico. As informações são do delator Ricardo Saud, em depoimento ao Ministério Público Federal. Além do casal, também participaram do jantar o governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, e o próprio Saud, ambos com suas esposas. "Jantar muito elegante, nós todos com esposas para tratar de propina", resumiu o executivo. Segundo Saud, foram pagos R$ 10 milhões de propina para compensar a entrega de um edital de concessão da companhia de água e esgoto do local. O ato de ofício não foi concluído porque, segundo o delator, a holding J&F desistiu do investimento. O dinheiro, no entanto, foi pago em espécie para os candidatos. A negociação feita com Fábio e Robinson já havia se repetido com outros governadores, sob os mesmos termos. Em Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD) procurou a empresa, por meio do secretário da Fazenda Antonio Gavazzoni. "Ele falou que ia ter eleição apertada, disputar com Paulo Bauer, 'estamos precisando de recurso'. Aí eu falei: 'Pô, vocês estão no poder, com máquina na mão, tão precisando de recurso?'", contou Saud. Um jantar foi marcado na casa de Joesley Batista em São Paulo, em junho ou julho de 2013. A proposta sobre a concessão da empresa de água e esgotamento do estado também foi repetida para Colombo, que concordou com a possibilidade. "Chegamos a um número de R$ 10 milhões (...) Então pagamos R$ 8 milhões de propina dissimulada em forma de pagamento para o PSD Nacional, carimbada para candidatura de Colombo. R$ 2 milhões foi pago (sic) em dinheiro vivo em Florianópolis, entregue num supermercado, que nos ajudou sem saber de nada", detalhou o delator. Segundo delação de Saud, o ministro da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab, também é citado, mas como beneficiário de algo entre R$ 5,5 milhões e R$ 7 milhões, pagos em 22 parcelas de R$ 250 mil. O pagamento foi feito via empresa do irmão de Kassab, Renato, à IAP Consultoria e Debate Ltda.