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Operação Chequinho: Testemunha-chave denuncia ameaças à PF

Operação Chequinho: Testemunha-chave denuncia ameaças à PF
Foto: Reprodução / Globo News

A testemunha-chave da Operação Chequinho, que resultou na prisão do ex-governador do Rio Anthony Garotinho no ano passado e de vereadores de Campos dos Goytacazes (RJ) denunciou à Polícia Federal estar sofrendo ameaças. Segundo informações do jornal O Globo, as ameaças contra Elizabeth Gonçalves dos Santos ocorreram na última semana, para pressioná-la a não dar detalhes sobre o esquema de compra de votos em troca do cadastramento do programa Cheque Cidadão, do município de Campos. Elizabeth trabalhou na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social em 2016 e foi presa em outubro sob acusação de participar do esquema. Ela relatou detalhes à PF e ao Ministério Público. Ela prestou novo depoimento no último dia 8 e disse estar sendo perseguida desde a primeira oitiva, na qual ela delatou o esquema. Ela disse ter sido seguida por um Astra preto em dois dias diferentes: na primeira vez, ela estava indo à igreja com o marido e depois viu o mesmo carro na esquina de sua casa. Na segunda vez, no dia 7 de abril, foi seguida por dois homens em uma moto, mas conseguiu se abrigar em um shopping. No dia 4 de maio, foi abordada diretamente: ela estava em um ponto de ônibus quando dois homens em uma moto sem placa subiram a calçada. Ela tentou entregar o celular, acreditando que era um assalto, mas um dos homens perguntou se ela era a “Beth Megafone”. Na sequência, ele disse: “Cala sua boca, porque assim como nós te achamos hoje, achamos você e sua família em qualquer dia, em qualquer lugar”. Os dois homens deixaram o local em seguida.  “Quanto à afirmação de Beth à polícia de que foi ameaçada, é preciso esclarecer que ela não atribuiu a ameaça, no depoimento em juízo, nem a Garotinho nem a nenhum outro vereador. Além do mais, Beth já mudou seu depoimento, no decorrer do processo, seis vezes e foi considerada ‘indigna de fé’ pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE)”, afirmou o advogado de Garotinho, em nota, acrescentando que “aguarda providências. O caso de ameaça chamou a atenção do vice-procurador-geral-eleitoral da República, Nicolao Dino, que se posicionou favorável à diplomação dos vereadores. “O inquérito demonstra a capacidade de influência dos réus, o que justifica o afastamento dos vereadores. O juiz aplicou medida cautelar em atendimento à manutenção da ordem pública, que segue ameaçada. Fiz juntar aos atos cópia de depoimentos de testemunha que se sente ameaçada. Não estou atribuindo a conduta aos pacientes, mas ilustrando o grau de instabilidade em Campos, o que justifica a medida cautelar”, justificou.