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Dos 84 investigados na Lava Jato, pelo menos 50 pretendem disputar próximas eleições

Dos 84 investigados na Lava Jato, pelo menos 50 pretendem disputar próximas eleições
Foto: Geraldo Magela / Agência Senado

Dos 84 políticos investigados na Lava Jato, ao menos 50 demonstram interesse em permanecer na vida política. A maioria deles pretende disputar as próximas eleições, de acordo com um levantamento feito pela Folha de S. Paulo. A pesquisa foi respondida por todos os deputados e senadores que figuram as duas listas enviadas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF), em março de 2015 e em março deste ano. Para 54 deles, não existe sequer a possibilidade de terem seus mandatos cassados, como aconteceu com o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "Nem que a vaca tussa, medo nenhum [de processo de cassação]. Primeiro, não cometi crime. Segundo, quem não deve não teme. Se o apelido do Lula na Odebrecht era 'amigo' e o meu era 'inimigo', isso já autoexplicativo", afirmou o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS). Delações da empreiteira apontam que ele recebeu R$ 175 mil via caixa dois em 2006. O ex-presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que é alvo de 17 inquéritos, preferiu minimizar a investigação. "Eu estou sendo investigado pela interpretação, pelo 'ouvi dizer'. Há evidente falta de provas", declarou. Alguns parlamentares até se ofenderam com a questão, como o senador Eduardo Braga (PMDB-AM). "É descabida [a pergunta], estamos em uma fase de inquérito, que sequer se transformou em denúncia. Essa pergunta não tem fundamento nenhum", retrucou. Braga é acusado de receber R$ 1 milhão referente à construção da ponte Rio Negro. A pesquisa apurou ainda que 38 parlamentares veem como abuso de poder a conduta do juiz Sérgio Moro diante do processo e outros 48 enxergam problemas na atuação do Ministério Público Federal.