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Gilmar defende candidato negro do PT e vê movimentação de Tia Eron: 'Surpresa da direita'

Por Luana Ribeiro

Gilmar defende candidato negro do PT e vê movimentação de Tia Eron: 'Surpresa da direita'
Foto: Jamile Amine / Bahia Notícias

Recém-eleito presidente municipal do PT (leia aqui a entrevista), o ex-vereador Gilmar Santiago defende que o PT protagonize a caminhada em direção a uma candidatura negra à prefeitura de Salvador em 2018 – sob pena de ver os partidos de direita liderarem esse movimento. “A minha intuição diz que se o PT não for capaz de ter protagonismo nesse debate, a gente poderá ter uma surpresa da direita; a direita [vai] fazer isso. Eu já vejo esses sinais, alguma movimentação de movimentos da direita nessa área”, afirmou Gilmar, que chegou a ser pré-candidato a prefeito nas eleições do ano passado. Questionado se estava se referindo a secretária municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps) e deputada federal, Tia Eron, ele confirmou. “É, eu vejo essa movimentação dela, tem essa indefinição se ela vem ou não para a administração de ACM Neto; parece que venderam a ela uma coisa e depois entregaram outra”, aponta. Gilmar cita o caso da ex-vice-prefeita de Salvador, Célia Sacramento, como um exemplo da tentativa “pragmática” de diálogo com o eleitorado.

Foto: Divulgação / PRB

“Aquilo que não era uma opção ideológica, era uma opção de marketing, uma ação preventiva. Isso ficou provado quando chega no segundo mandato dele. A tendência é que quando alguém vai para a reeleição, mantém os seus vices, e ele simplesmente descartou Célia. Da mesma forma, em 2018, poderá ser para ele também interessante ter uma mulher negra na chapa”, avalia. Gilmar atribui o ineditismo de petistas negros na chapa majoritária à existência de racismo institucional dentro da legenda. ”Ninguém está imune ao racismo, está presente mesmo dentro das organizações. É fato. Você pode ver, por exemplo, a gente tem o governo do Estado, é um governo do PT, um governo de esquerda. Quantos negros nós temos no governo? Não estou nem falando do governo adversário, estou falando do nosso governo”, criticou, mencionando cargos de primeiro e segundo escalão. Segundo Gilmar, a sigla fará uma grande campanha de filiação – ele convoca negros e negras a ingressarem na agremiação. “Vamos enegrecer o PT, porque aí vamos ser maioria para decidir qual é a melhor estratégia. O partido político é a ferramenta para disputar o poder”, observa. Em sua gestão, além de apostar na aproximação com militantes e aumento de filiados, Gilmar quer que o partido já comece a se preparar para as eleições de 2018 e 2020. “Nós precisamos ter uma legião de candidatos a vereadores e vereadoras por região na cidade. Embora você não tenha ainda o voto distrital, mas na prática isso já existe, quando se vê que a Câmara de Vereadores, quando se vê a votação, cada um tem uma votação mais expressiva em uma região da cidade”, pontua, lembrando a vitória de ACM Neto em sua reeleição. “O prefeito ACM Neto ganhou da gente em 2016 não apenas pela situação da crise nacional, mas também pela desorganização do partido. Nós não conseguimos preparar uma chapa de vereadores competitiva, porque isso não foi trabalhado antes. A coligação do prefeito tinha quase 500 candidatos, então isso deu uma capilaridade grande”.