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Mendes aponta equívocos na repercussão de soltura e aponta 'reféns' da Lava Jato

Mendes aponta equívocos na repercussão de soltura e aponta 'reféns' da Lava Jato
Foto: Nelson Jr/ STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes comentou, em entrevista publicada nesta terça-feira (9) pelo jornal Folha de S. Paulo, a soltura de acusados da Operação Lava Jato. Segundo o magistrado, “há uma cambulhada de equívocos” no que diz respeito à libertação de José Dirceu. “Na semana anterior, nós [magistrados da 2ª Turma do STF] julgamos os habeas corpus de [João Cláudio] Genu [ex-tesoureiro do PP] e do [pecuarista José Carlos] Bumlai [ambos foram soltos]. E as posições foram trocadas: o decano Celso de Mello votou com a maioria no caso do Bumlai e Lewandowski, contra”, cita. Mendes ainda fez menção à doutrina “centenária” do STF referente às prisões preventivas. “Ela será sempre temporária. E isso decorre da Constituição. No passado inclusive a execução da pena só começava após o exaurimento de todas as instâncias [do Judiciário]. O tribunal só aceitava a prisão provisória em caso de crimes violentos e na possibilidade de continuidade delitiva”, explica. Segundo o ministro, para evitar que o ex-ministro volte a cometer crimes, existem medidas a Lava Jato não precisa correr risco com “extravagâncias jurídicas”. Ele criticou também a tendência de avaliar o sucesso da operação com base na repercussão pública. “Como tem sido divulgado [por integrantes da Lava Jato], o sucesso da operação dependeria de um grande apoio da opinião pública. Tanto é assim que a toda hora seus agentes estão na mídia, especialmente nas redes sociais, pedindo apoio ao povo e coisas do tipo”, disse, para completar: “É uma tentativa de manter um apoio permanente [à Lava Jato]. E isso obviamente é reforçado com a existência, vamos chamar assim, entre aspas, de reféns”.