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Bolsonaro usa cota parlamentar para custear viagens de pré-campanha à Presidência

Bolsonaro usa cota parlamentar para custear viagens de pré-campanha à Presidência
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) tem usado recursos da cota parlamentar para custear as viagens que faz pelo país para se apresentar como candidato à Presidência da República em 2018. A cota reembolsa viagens e outras despesas do mandato parlamentar, e não pode ser usada com gastos de caráter eleitoral, conforme regras da Câmara. Segundo levantamento feito pela Folha de S.Paulo, nos últimos cinco meses pelo menos seis viagens usadas por Bolsonaro para tratar de sua candidatura foram custeadas pela Câmara, totalizando R$ 22 mil. Em novembro, foram R$ 2,5 mil para o deputado ir a Recife, onde palestrou na Associação Pernambucana dos Cabos e Soldados. Na ocasião, Bolsonaro foi apresentado como "futuro presidente do Brasil, o nosso mito", ao que respondeu dizendo que "vamos ganhar em 2018, porque somos a maioria no Brasil, homens de bem". Dias depois Bolsonaro viajou para Boa Vista (RR) por R$ 4,5 mil, acompanhado de um assessor, cujas passagens de R$ 4 mil foram pagas com a cota parlamentar. Em Roraima o parlamentar deu entrevistas e fez uma palestra pelo sindicato dos policiais civis e dos federais, inclusive dizendo estar se "preparando" para "não ser mais um capitão", mas um soldado "a serviço" da população. No mês seguinte, em dezembro, foram colocados R$ 1.385 na conta da Casa para ir a São Paulo conceder entrevista no programa 'Pânico no Rádio', onde Bolsonaro disse que sua ascensão é no "vácuo político que está aparecendo", no encerramento da "semana dos presidenciáveis" do programa. Já neste ano, em janeiro, ele foi à formatura de soldados da Polícia Militar em Belo Horizonte, com passagems de ida e volta por R$ 715, também incluídas na cota parlamentar. No aeroporto, ele afirmou que "o Brasil tem jeito", só "precisa de um capitão" e, "por coincidência", ele é o capitão. Em fevereiro, Bolsonaro visitou Campina Grande e João Pessoa, com passagens no valor de R$ 1,7 mil. O gabinete também arcou com a viagem de um acompanhante, por R$ 1,9 mil. Em março, esteve em São Paulo para encontrar um professor da Universidade Mackenzie espeicalista em grafeno. O material constituído de carbono faz parte de sua "plataforma" de inovação. As passagens custaram R$ 4,6 mil e a diária do hotel, R$ 280. Ambos foram pagos com a cota.  O deputado negou estar em campanha e atribuiu as viagens à sua participação na Comissão de Segurança Pública da Câmara, onde é suplente. Em nota, o chefe de gabinete, Jorge Francisco, disse que as despesas ressarcidas pela Câmara "foram realizadas em consonância com os preceitos legais e regimentais". "O que reforça a tese de que tais 'denúncias' somente têm o condão de tentar incluir o nome do deputado em atos supostamente escusos, diante da enxurrada de notícias de corrupção envolvendo outros políticos", afirmou.