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Operação Conclave: PF apura desvios na compra do Panamericano pela Caixa

Operação Conclave: PF apura desvios na compra do Panamericano pela Caixa
Foto: Reprodução / Costa Advogados ADV

Com 46 mandados de busca e apreensão, a Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (19), a Operação Conclave. Por volta das 6h30, ouvintes da Band News já relatavam presença de veículos da PF em bairros da capital paulista. Já na capital federal, a PF realiza buscas na sede da Caixa e no Banco Central. Cerca de 200 agentes cumprem 30 mandados, em São Paulo, seis no Rio de Janeiro, outros seis em Brasília, dois em Londrina, no Paraná, um em Belo Horizonte e um em Recife – todos expedidos pela 10ª Vara Federal de Brasília?. A operação, que já bloqueou R$ 1,5 bilhão de reais das contas bancárias dos alvos, apura a responsabilidade de gestores da Caixa Participações S.A. (Caixapar) na aquisição de ações do Banco Panamericano. O Pan, antes de propriedade do apresentador Sílvio Santos, foi adquirido pelo empresário André Esteves, do banco BTG, por R$ 450 milhões em 2011. A Conclave investiga ainda possíveis prejuízos causados a correntistas e clientes. Entre os alvos estão agentes públicos, que eram "responsáveis diretos pela assinatura dos pareceres, contratos e demais documentos que culminaram com a compra e venda de ações do Banco Panamericano pela Caixa e com a posterior compra e venda de ações significativas do Banco Panamericano pelo Banco BTG Pactual S/A”; consultorias, que eram "contratadas para emitir pareceres e legitimar os negócios realizados"; e empresários, que por serem "conhecedores das situações de suas empresas e da necessidade de dar aparência de legitimidade aos negócios, contribuíram para os crimes em apuração". Os investigados, que não tiveram seus nomes revelados, vão responder pelos crimes de gestão temerária ou fraudulenta. Essas penas podem chegar a 12 anos de prisão. A operação recebeu esse nome em referência ao ritual quase secreto que ocorre para a escolha do Papa, líder mundial da Igreja Católica. Isso porque as negociações entre os bancos também ocorreram de forma sigilosa, “a portas fechadas”. (Atualizado às 8h04)