Denúncia contra Mario Negromonte envolve propina por MP e pagamento para campanha
Por Bruno Luiz
O ex-ministro do governo Lula e atual conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Mario Negromonte, é citado em duas petições que podem torná-lo alvo de investigações na Operação Lava Jato. Em uma delas, o delator da Odebrecht, José de Carvalho Filho, aponta que ele foi um dos beneficiários de R$ 2 milhões em propina pagos pela empresa a agentes políticos para aprovação de uma emenda à Medida Provisória 183/04, que deu alíquota zero da Cofins e do PIS/Pasep para as rações usadas pelos criadores de animais, medicamentos veterinários e sêmen e embrião. Além de Negromonte, também teriam embolsado o montante Pedro Corrêa, Sandro Mabel e Pedro Henry. A solicitação milionária teria sido comunicada por Negromonte em uma reunião com . Na segunda petição, o Ministério Público Federal afirma que Negromonte teria recebido R$ 100 mil na campanha eleitoral de 2010, quando se elegeu deputado federal. Também de acordo com a delação de Carvalho Filho, o pagamento teria sido realizado pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, conhecido também como departamento de propina da empreiteira, e foi registrado no sistema Drousys, ferramenta que controlava os pagamentos fraudulentos pelo grupo. Os documentos foram encaminhados ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), responsável por processos envolvendo governadores e conselheiros de tribunais de contas.