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Odebrecht admite possibilidade de recorrer a recuperação judicial, diz jornal

Odebrecht admite possibilidade de recorrer a recuperação judicial, diz jornal
Foto: Divulgação

A Odebrecht já admite a possibilidade de recorrer a recuperação judicial. Em conversas restritras entre o alto escalão do grupo e grandes bancos públicos, a empresa reconhce que não é possível evitar esse futuro da holding. A informação é do jornal Valor Econômico, segundo o qual no ano passado a empresa teve receita bruta consolidada de R$ 90 bilhões. Ainda não é possível estimar o valor da dívida em caso de recuperação judicial, mas até junho do ano passado a empresa tinha dívida líquida de R$ 76,4 bilhões. O que se sabe é que o montante a ir à Justiça para discussão não guarda relação direta com a dívida consolidada. Segundo o Valor, o grupo ainda estuda quais subsidiárias serão incluídas no processo, mas a certeza é que a Braskem ficará de fora. Já a Odebrecht Serviços e Participações, controladora direta, teria de ser consolidada ao processo. A Odebrecht Transport, onde estão as concessões de infraestrutura logística do grupo, também ficaria de fora da recuperação judicial. Ainda conforme a publicação, a Odebrecht está sob pressão pela crise de liquidez do seu principal negócio, a Odebrecht Engenharia e Construção, e pelo volume de compromisso que assumiu em avais, garantias, contratos de suporte de capital e seguros com projetos de suas controladas. Um exemplo disso: em um contrato, a Odebrecht é garantidora de US$ 700 milhões em um grande projeto no exterior, justamente de um dos países da América Latina no qual as relações estão em crise após as delações; por isso, o projeto está paralisado. Já a consolidação no processo da Odebrecht Óleo e Gás dependeria do que ocorrer primeiro, se o pedido de recuperação da Odebrecht ou o início da recuperação extrajudicial da própria empresa. A subsidiária de Óleo e Gás tem US$ 5,5 bilhões em dívida. Oficialmente, a empresa afirmou por meio de sua assessoria de imprensa que "continua avançando positivamente, com boa receptividade no mercado, no plano de reestruturação de alguns dos seus negócios". Por outro lado, a empresa tem falado abertamente sobre os riscos financeiros do grupo e que uma possível recuperação judicial faz parte da estratégia recente da empresa. Discussões sobre a extensão da segurança do acordo de R$ 7,5 bilhões fechado pelo grupo com o Ministério Público Federal (MPF) estão dificultando a melhoria prática do risco de crédito da companhia. Também preocupa novos valores para encerrar os processos abertos pela Advocacia Geral da União (AGU) e que se somariam ao já acertado com o MPF. Há 15 dias o BNDES sinalizou que retomaria a liberação de créditos à exportação de obras do grupo, após nova análise da diretoria. A Odebrecht Engenharia e Construção esperava receber US$ 600 milhões em atraso.