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Estrutura de ciclovia que desabou no RJ apresenta corrosão, desnível e fissuras

Estrutura de ciclovia que desabou no RJ apresenta corrosão, desnível e fissuras
Foto: Fernanda Rouvenat / G1

A estrutura da Ciclovia Tim Maia, no Rio de Janeiro, cujo trecho desabou em abril do ano passado, está com problemas em seus pilares de estrutura. Uma perícia feita pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ) concluiu que a ciclovia, entre o Leblon e São Conrado, não apresenta condições de segurança para os usuários e deve ficar interditada nos meses de ressaca do mar. A perícia concluiu também que o que causou o desabamento da estrutura não foram os problemas de corrosão, mas o impacto da onda, que não estava previsto no projeto. A comissão formada por seis engenheiros encontrou pontos de corrosão em vários pilares, que causam a movimentação inadequada das vigas; desnível, fissuras e sinais de corrosão. "A fixação dos elementos metálicos de guarda corpo, de forma geral, apresenta estado de deterioração, gerado pela incompatibilidade de materiais e/ou pela falta de proteção adequada dos elementos metálicos de fixação", diz o documento, de acordo com o G1. O presidente do órgão, Reynaldo Barros, acredita que problemas na realização da obra teriam causado as imperfeições. "Houve problema na execução. É claro que pelas fotos a gente percebe que houve essa execução mal feita. Na questão do planejamento, não entrei no mérito para verificar. Nós analisamos os projetos e o que mostra é que a execução foi comprometida e hoje a ciclovia não tem nem um ano de operação e já apresenta sinais de desgastes. Nesse planejamento, você tem que considerar a agressividade daquele ambiente, você tem ventos, salinidade, esgoto. A execução podia ter sido melhor", acrescentou Barros. O piso da ciclovia também apresenta fissuras, consideradas incompatíveis com a idade da obra. A recomendação do Crea é que a obra seja liberada ao uso apenas quando a estrutura e seus elementos complementares estiverem recuperados e reforçados estruturalmente. O órgão sugeriu também que o espaço fique fechado entre abril e agosto, quando há maior possibilidade de ressacas e período que pode ser usado para reparo na estrutura. Assim, não seria necessário fazer novas interdições depois do período. "O juiz é que vai decidir isso. Nós estamos recomendando preventivamente, nesse período da ressaca que pode ou não acontecer ondas daquela magnitude naquele dia do acidente. O ambiente é muito agressivo e aí recomenda-se uma obra de arte especial que já é previsto num padrão de técnica da engenharia civil", acrescentou Barros. A ciclovia desabou no dia 21 de abril do ano passado, deixando duas pessoas mortas no acidente. Catorze pessoas foram indiciadas pela queda na estrutura.