Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias
Você está em:
/
Notícia
/
Geral

Notícia

Power Point teve 'brecha' para 'interpretação equivocada', afirma Dallagnol

Power Point teve 'brecha' para 'interpretação equivocada', afirma Dallagnol
Foto: Reprodução / YouTube

O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato, preferiu não “adiantar um juízo” sobre punição que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve receber ao ser questionado na manhã desta sexta-feira (17), durante entrevista à rádio Band News FM, por ocasião dos três anos da operação. “É por isso que estou sofrendo um processo, ele afirma que nós adiantamos um juízo”, disse Dallagnol, em menção à ação por danos morais movida pelo petista contra ele, por conta da apresentação da denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) em setembro do ano passado. Perguntado se mudaria alguma coisa no “episódio do Power Point” – o procurador usou o programa durante a coletiva, para explicar a denúncia e porque Lula foi implicado –, ele admitiu que houve “brechas” na “estratégia de comunicação” usada, que permitiram uma interpretação “equivocada”. Dallagnol destacou que não houve infração a leis na composição e apresentação da denúncia e que “o Power Point refletia o conteúdo da denúncia”. O procurador comparou a situação de Lula a um “general em crimes de guerra”, que autoriza crimes “a partir do seu gabinete, no ar-condicionado”. Ele ressalta que há diversos indícios que levam a acusação de Lula, como o fato do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, pressionar o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras. “Qual o poder que ele tem sobre Paulo Roberto Costa? Isso aconteceu porque alguém que estava sobre Paulo Roberto Costa autorizava e determinava”, salientando que a indicação foi feita por Lula. Ao ser indagado sobre a implicação de outros partidos, e que as denúncias estariam muito centradas no PT, o procurador argumentou que a origem da investigação focava no esquema operado na Petrobras – “O PSDB não fazia parte da base aliada do governo federal do PT” – e que isso resultou em maior implicação de partidos da base. Dallagnol aponta, no entanto, que a afirmação de que o PT foi o maior envolvido é falsa. “O número do PP é bem maior do que o do Partido dos Trabalhadores, que é igual ao do PMDB. Esse pressuposto de que pegou mais o PT é falso”. Ele declarou, no entanto, que os novos inquéritos originários de apurações mais recentes, como o pacote de delações da Odebrecht, deve abranger “os mais diversos partidos”. Dallagnol ainda ironizou o que chamou “de vitimização”, em menção ao PT e, mais diretamente, a Lula. “Político nunca é criminoso, é perseguido. Essa foi minha grande descoberta”, alfinetou.