‘Reforma da previdência é indispensável para desenvolvimento’, defende Aleluia

Membro titular da comissão especial que discute a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, José Carlos Aleluia (DEM-BA) defende a manutenção da proposta da forma como foi apresentada pelo governo federal. Junto com Bebeto Galvão (PSB), Erivelton Santana (PEN) e o relator Arthur Maia (PPS), ele compõe a "bancada da Bahia" no colegiado. “O governo tem uma proposta, tem muita coisa boa; talvez possamos discutir alguns ajustes”, afirmou nesta quarta-feira (8), em entrevista ao Bahia Notícias. O democrata não está inserido no movimento de alguns parlamentares da base aliada do presidente Michel Temer que questionam alguns pontos do texto, como a idade mínima para aposentadoria, estabelecida em 65 anos. “Eu particularmente acho que se deve buscar um apoio de maioria”, diz, citando pontos que considera fundamentais como a equiparação de tratamento dos novos servidores públicos que “tem que ser igual a qualquer outro trabalhador brasileiro”. “A idade mínima não deve mexer. O que se pode discutir são mais as transições de regime para o outro, porque o regime [proposto] é bom. Tem que se levar em conta quem está mais perto da aposentadoria”, aponta ele, que faz críticas ao sistema atual. “Não é bom, não é justo com o trabalhador, com quem não tem trabalho fixo ao longo da sua vida. O sistema só é bom para quem tem emprego ‘vitalício’”. Assim como o relator do projeto, o deputado federal Arthur Maia (PPS-BA), que trabalha para que a Câmara siga o cronograma desejado pelo Planalto, Aleluia quer a celeridade da aprovação da proposição. “Tenho convicção que a reforma é indispensável para a retomada do desenvolvimento, estamos começando a sair da maior recessão da historia econômica do Brasil. Perdemos quase 10% em renda per capita no ultimo três anos. Estou convencido que sem reforma o Brasil não vai a lugar nenhum. O sistema da previdência do Brasil não é sustentável; já temos estados que não estão conseguindo pagar”, argumenta. “O Brasil tem pressa, então a reforma tem que ter pressa”. Procurados, os deputados Erivelton e Bebeto não responderam até o término da reportagem.