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‘Ouvidos que estão inquietos para ouvir outras coisas’, diz Russo sobre shows lotados

Por Glauber Guerra / Rebeca Menezes

‘Ouvidos que estão inquietos para ouvir outras coisas’, diz Russo sobre shows lotados
Foto: Ramsés Moura / Ag. Haack / Bahia Notícias

Tradição, contemplação e boca a boca. Esses são os motivos apontados pelo cantor Russo Passapusso como essenciais no sucesso que a banda BaianaSystem fez no Carnaval 2017. Com seu “navio pirata” independente sempre acompanhado de milhares de pessoas, o grupo foi um dos marcos da folia deste ano. “A gente tem confiado muito no boca a boca, na divulgação do próprio público. É claro que [a gente conta] com a ajuda dessa força da internet, das mídias sociais, mas a gente tem trabalhado muito com esse longo prazo, com esse reconhecimento, esse entendimento, poder de contemplação primeiro antes da coisa da imediaticidade, de fazer uma música pra pessoa já cantar, ou fazer um clipe pra pessoa já entender, ou fazer um tipo de arte que já seja absorvido. E isso tem funcionado. Isso é devido ao ouvido do público. Não só a relação da gente com a música, que é muito interna, muito de satisfação pessoal também, espiritual da gente, mas também são os ouvidos que estão inquietos, querendo ouvir outras coisas”, defendeu, em entrevista ao Bahia Notícias. Segundo Russo, a música da BaianaSystem tem conseguido atingir um público cada vez mais diverso porque “quebra estereótipos”, como colocar uma estrutura de cantigas de criança em Playsom ou trazer referências das Ganhadeiras de Itapuan para Dia da Caça. E, para o vocalista, este representa um novo momento da sociedade. "Se fala muito de movimento. Eu acho que o que está em questão não é o movimento social, é o espiritual. O movimento da música como as pessoas faziam antigamente. Você fazia a música te mover por dentro e as pessoas entrarem e quando ouviam aquilo ali tinham uma identificação muito forte.  [...] A gente tem muitas referências tradicionais. E o mais importante é colocar essa relação da tradução e da tradição. Quando se fala de muitos ritmos, eu sempre coloquei isso nessa mesa para poder compor, fazer música, dialogar com a arte. Não podemos perder a medida e deixar que a globalização venha ser mais forte que o local. É o local e a globalização”, defendeu.