Aloísio Menezes exalta trios independentes e pede fim das cordas: ‘É um apartheid’

Uma das atrações deste sábado (25) no Circuito Batatinha (Pelourinho), o cantor Aloísio Menezes exaltou a recente iniciativa de Prefeitura e Governo do Estado sobre o patrocínio para o carnaval pipoca em Salvador. Para o artista, as cordas sempre foram uma mazela na festa momesca, criando um apartheid na folia baiana. “Eu sempre fui contra Bloco com corda, eu sempre fui contra bloco com corda porque eu via isso, na minha visão de negro, como um apartheid. Porque quem tem dinheiro fica dentro da corda, protegido, e quem fica fora está tomando porrada. Eu acho que o caminho é esse, o carnaval é plural. A corda só faz criar um mal-estar. Perceba que quem tá do lado de fora tem raiva de quem tá dentro. Se você abaixa, tá todo mundo no mesmo nível. Para mim, até demorou de baixar as cordas”, afirmou em entrevista ao Bahia Notícias, no qual também explicou sobre a falta de uma apresentação em um trio elétrico neste carnaval. “Eu na verdade tinha uma saída de Trio pela Bahiatursa, mas devido a dificuldade de trio eu fui colocado para fazer um show na Praça Quincas Berro D’Agua, que acabei de fazer às 16h. Agora farei esse show com a Márcia e mais tarde eu canto no palco da liberdade, com o Mais Belo dos Belos”, completou.