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'Má-fé ou abuso de autoridade', diz Gama sobre citação do MPF; PTB planeja representação

Por Luana Ribeiro

'Má-fé ou abuso de autoridade', diz Gama sobre citação do MPF; PTB planeja representação
Foto: Agência Câmara
O deputado federal Benito Gama, presidente do PTB baiano, estuda apresentar uma representação ao Conselho Nacional do Ministério Público, após tomar conhecimento da citação feita pelo procurador Anselmo Henrique de que o PTB baiano teria recebido R$ 3 milhões em doações para a campanha eleitoral de 2014 da Eldorado Celulose, que teria origem em dinheiro público. Segundo o procurador, a doação feita pela empresa seria originada de recursos dos fundos de pensão Funcef e Petros (entenda). “O procurador Anselmo Henrique está delirando. O PTB nunca recebeu dinheiro público nas suas campanhas, muito menos em 2014. Confundir uma investigação da [Operação] Sépsis com a eleição de 2014 do PTB ou é má-fé ou abuso de autoridade. Em 2014, o PTB apoiou na Bahia o senador Otto Alencar e o governador Rui Costa”, declarou o parlamentar em entrevista ao Bahia Notícias, acrescentando que vai procurar os advogados do partido para apresentar a representação. “O PTB não tem nada a ver, não tem relação com Caixa Econômica, com fundos de pensão da Caixa Econômica ou com qualquer outro fundo de pensão no Brasil”, afirma. O procurador destacou no documento que o PTB da Bahia tem ligações com o ex-ministro Geddel Vieira Lima, investigado por um suposto esquema de corrupção envolvendo empréstimos na Caixa Econômica Federal. “Tudo do PTB e oficial, não tem caixa dois”, completa Gama. Procurado pelo Bahia Notícias, o prefeito de Sapeaçu, Jonival Lucas, antecessor do deputado no cargo, afirmou que ainda não tinha conhecimento da citação do MPF e que estaria apto a comentar o caso ainda na tarde desta terça-feira (7). Na prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), referente ao pleito de 2014, aparecem três doações ao diretório estadual de empresas do grupo J&F, no entanto, apenas duas da Eldorado Celulose, no valor de R$ 1 milhão cada; a outra doação, no mesmo valor, é do frigorífico JBS, totalizando os R$ 3 milhões citados pelo procurador. As doações foram feitas de forma indireta [não são direcionadas a nenhum candidato específico]: as empresas doam ao diretório estadual, que por sua vez, distribuem a contribuição internamente ao seu critério. Não mencionadas pelo procurador, há duas doações de outra companhia do grupo J&F, a Vigor Alimentos, que fez duas doações no valor de R$ 1 milhão, resultando no montante final de R$ 5 milhões feitos pela holding.