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Museu da Música: À espera de desapropriação, casarão de azulejos tem peças retiradas

Por Luana Ribeiro

Museu da Música: À espera de desapropriação, casarão de azulejos tem peças retiradas
Foto: Bahia Notícias
A Casa dos Azulejos, como ficou conhecido o casarão com fachada em azulejos azuis localizado ao lado da Praça Cairu, que abrigará o Museu da Música, tem sido alvos de furtos de peças. O Bahia Notícias flagrou, na última semana, um homem retirando azulejos da fachada, acessando o local pela marquise frontal do imóvel, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1969. É possível observar também que parte das janelas e dos gradis que as protegem já não mais está no local. Procurada pelo Bahia Notícias, a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), que coordena o projeto de implantação do museu, informou que a pasta ainda não tem gerência sobre o casarão e que o imóvel “encontra-se, atualmente, sob responsabilidade de empresários da iniciativa privada”. “Sendo assim, é de responsabilidade dos mesmos tomar medidas preventivas de segurança no local mencionado”, diz a Secult em nota. 


Em maio de 2016, casarão ainda tinha quase todos os gradis e maior quantidade de azulejos no 1º andar
| Foto: Reprodução/Google Street View

Em março de 2016, o prédio, junto com o conjunto de imóveis que faz parte de seu entorno, foi declarado de utilidade pública para fins de desapropriação. Segundo informações da Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz), a publicação do decreto ainda não confere a propriedade à prefeitura. “Os decretos de desapropriação tem validade de 5 anos podendo seu objeto ser efetivado ou não conforme planejamento municipal. Enquanto não houver a efetivação total ou parcial do objeto do  decreto os imóveis são de responsabilidade dos atuais proprietários”,  explica a Sefaz em nota. Segundo a Sefaz, o processo de "desapropriação amigável" segue o trâmite no ritmo esperado – apesar da validade de cinco anos do decreto, a estimativa é de que a conclusão se dê em dois anos.  A Sefaz informou ainda que não estava autorizada a divulgar informações sobre os proprietários do imóvel. O casarão foi comprado em 2005 pelo grupo português Imocom, que pretendia construir no local um hotel da cadeia Hilton. Atualmente, o projeto do Museu da Música está em processo de análise de financiamento, cujo modelo deve ser escolhido até fevereiro deste ano (clique aqui). O titular da Secult, Cláudio Tinoco, informou que há três opções sendo consideradas. Foi encaminhada uma carta-consulta ao CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina), para a obtenção de uma linha de crédito. Outra opção é financiar a implantação do equipamento por meio de recursos do Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur). A prefeitura avalia ainda a criação do museu via Ministério da Cultura, seja por meio de incentivos ou por investimento direto do Tesouro Nacional.