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Emílio e Marcelo Odebrecht cortam relações após acordo de delação premiada

Emílio e Marcelo Odebrecht cortam relações após acordo de delação premiada
Marcelo e Emílio de ternos escuros | Foto: Divulgação
O acordo de delação premiada firmado pela Odebrecht causou o rompimento das relações entre o ex-presidente do grupo, Marcelo Odebrecht, e seu pai, Emílio, presidente do Conselho de Administração do conglomerado. Segundo informações do portal UOL, cinco pessoas ligadas à Operação Lava Jato e à Odebrecht confirmaram o litígio, desde que não tivessem suas identidades reveladas. "Marcelo sente-se injustiçado. Ele se vê como um bode expiatório. Acha que pagará o preço mais alto entre todos os envolvidos na Lava Jato também porque seu pai aceitou delatá-lo", disse um funcionário de alto escalão da companhia. "Marcelo pagava mesmo propina e, de certa forma, desafiava as autoridades que poderiam o incriminar. Emílio, por sua vez, era mais conservador. Cometeu e sabia de ilegalidades, mas era mais contido", completou. Nos primeiros meses após sua prisão, em junho de 2015, Marcelo se negava a colaborar com a força-tarefa. Concordar em participar da delação foi, portanto, uma derrota pessoal para o executivo e uma vitória para seu pai, que vinha sugerindo que ele depusesse. Os dois nunca tiveram uma relação tão próxima. Marcelo tinha maior ligação com o avô, Norberto. "A referência de Marcelo sempre foi Norberto. Ele e o pai nunca foram muitos próximos. Eles têm personalidades diferentes. Emílio é extrovertido, Marcelo, o contrário", disse uma pessoa de Salvador próxima à família. "Emílio e Marcelo nunca foram exatamente alinhados. O filho sempre foi conhecido por seu estilo agressivo nos negócios e até na corrupção", aponta o funcionário da Odebrecht.