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Boquinha para consolo: ex-vereadores ganham cargos após perderem mandatos

Por Fernando Duarte

Boquinha para consolo: ex-vereadores ganham cargos após perderem mandatos
Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias
Passados os primeiros dias do fim do tempo dos vereadores que não tiveram renovados os mandatos na Câmara de Salvador, não demorou muito para que pelo menos sete deles ganhassem prêmios de consolação. Cinco deles ficaram na própria Câmara: Alemão (PHS), Pedrinho Pepê (PMDB), Leandro Guerrilha (PTB), Antônio Mário (PSC) e Eliel (PV). Na prefeitura ficou abrigado Euvaldo Jorge (PPS) (veja aqui). E, para provar que as práticas políticas só mudam os personagens, mas mantêm enredos, o governo estadual achou um espaço para Vânia Galvão (PT) (veja aqui). Todos esses ex-vereadores têm como característica o fato de não receberem votos suficientes para a manutenção das cadeiras no legislativo. A prática, como frisam os envolvidos, não é irregular. Todos estariam aptos a ocuparem cargos de confiança nas esferas públicas. Arranjos políticos como estes, inclusive, fazem parte do cotidiano e apenas vêm à público pelos nomes serem facilmente reconhecidos pela imprensa. Basta fazer um convite à reflexão e será possível lembrar de outros nomes que estiveram na esfera pública no passado e que retornaram como mortos-vivos para ocupar cargos de indicação. Tal prática pode ser observada na principal da cidade da Bahia ou em qualquer município do interior – vide as constantes notícias sobre a prática de nepotismo, seja direto ou até mesmo cruzado, quando são empregados parentes de integrantes das bases aliadas; ou sobre antigos adversários que têm futuros de curto e médio prazo garantidos por “boquinhas” arrumadas nas prefeituras, câmaras e outras instâncias de governo. Quando questionados sobre o tema, todavia, os beneficiários não pestanejam: qual é a ilegalidade? Ilegal não é. Mas é moralmente aceitável?