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Relator da Lava Jato no STF, ministro Teori Zavascki morre em acidente de avião

Por Rebeca Menezes / Ailma Teixeira

Relator da Lava Jato no STF, ministro Teori Zavascki morre em acidente de avião
Foto: Nelson Jr. / SCO / STF
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, 68 anos, morreu nesta quinta-feira (19) vítima de um acidente de avião. A aeronave em que estava caiu no litoral de Paraty, no Rio de Janeiro, por volta das 14h30, a cerca de 2 km da cabeceira da pista em que deveria pousar. A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que o avião de modelo Beechcraft C90GT, prefixo PR-SOM, decolou do aeroporto Campo de Marte, em São Paulo, às 13h (horário de Brasília). O acidente ocorreu próximo à Ilha Rasa e moradores da região afirmam que chovia no momento da queda. Não há informações sobre as outras vítimas. O Corpo de Bombeiros confirmou a existência de ao menos três mortos, cujos corpos ficaram presos na aeronave submersa. Um quarto passageiro teria resistido à queda, mas veio à óbito após o resgate. O filho do ministro do STF, Francisco Zavascki, confirmou em seu perfil no Facebook que o pai havia embarcado. “Infelizmente, o pai estava no avião que caiu! Por favor, rezem por um milagre”, comentou e, momentos depois, confirmou a morte do ministro. "Caros amigos, acabamos de receber a confirmação de que o pai faleceu! Muito obrigado a todos pela força!", publicou. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) confirmou que a documentação do avião estava em dia. Cerca de 50 militares e membros do Corpo de Bombeiros se envolveram na operação de resgate, que contou com a ajuda de pescadores locais. A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, havia chegado a Belo Horizonte quando recebeu a notícia do acidente e retornou para Brasília para acompanhar as informações.

 
Zavascki ficou conhecido por ser relator dos processos da Operação Lava Jato. O magistrado foi nomeado para o cargo pela ex-presidente Dilma Rousseff, em 2012. Em setembro do ano passado, ele também autorizou a abertura de uma petição com trechos de delações premiadas que citam o atual presidente Michel Temer (PMDB) (lembre aqui). Diante de todo o trabalho com a operação e seus desdobramentos, Zavascki chegou a convocar um juiz a mais para ajudar a cuidar dos processos – feito inédito na Corte. Além da Lava Jato, o gabinete de Zavascki assumiu mais de sete mil processos. Antes de chegar ao STF, ele foi ministro do Superior Tribunal de Justiça, de 2003 a 2012, nomeado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele também trabalhou como advogado do Banco Central, no período de 1976 a 1989. Doutor em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o ministro foi casado com a juíza federal do Tribunal Regional da 4ª Região, Maria Helena de Castro. Ela morreu em 2013, vítima de um câncer. Zavascki leva ainda no currículo o título de conselheiro do Grêmio, time para o qual torcia há muitos anos. Além de Francisco, o ministro deixa outros dois filhos, Alexandre Prehn Zavascki e Liliana Maria Prehn Zavascki.