Lava Jato: Lula e outras oito pessoas são denunciados pelo MPF
O acerto do pagamento foi intermediado pelo então deputado federal Antonio Palocci, com a ajuda de seu assessor parlamentar Branislav Kontic, que faziam contato direto com Marcelo Odebrecht. Ele por sua vez era auxiliado por Paulo Melo, para a instalação do espaço, em benefício de Lula. A aquisição do imóvel foi realizada em nome da DAG Construtora Ltda., com recursos comprovadamente originados da Odebrecht. A denúncia cita que a transação contou com a intermediação de Glaucos da Costa Marques, parente de José Carlos Costa Marques Bumlai, com orientação de Roberto Teixeira, que atuou, por sua vez, como operador da lavagem de dinheiro. O valor total de vantagens ilícitas, que também inclui a manutenção do imóvel até setembro de 2012, chegou a R$ 12.422.000,00, conforme indicado em anotações feitas por Marcelo Odebrecht, em planilhas apreendidas na sede da DAG Construtora Ltda., e a partir de dados obtidos em quebra de sigilo bancário, entre outros elementos. A denúncia também faz menção à cobertura ao lado da residência de Lula em São Bernardo do Campo. A compra do apartamento, pelo valor de R$ 504.000,00, seria resultado de parte das propinas destinadas a Glaucos da Costa Marques, em retribuição à sua atuação na compra do terreno para o Instituto Lula. A nova cobertura, adquirida no nome de Glaucos da Costa Marques, foi usada por Lula. Costa Marques é apontado como testa de ferro do ex-presidente, em transação que também foi operada por Roberto Teixeira. Para disfarçar a real propriedade do apartamento, Marisa Letícia Lula da Silva teria assinado contrato fictício de locação com Glaucos da Costamarques, em fevereiro de 2011, mas os investigadores concluíram que o aluguel nunca foi pago até ao menos novembro de 2015.