Defesa de Elize Matsunaga deve pedir anulação de júri por quebra de condução do júri
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A defesa de Elize Matsunaga, ré confessa em ter assassinado o marido Marcos Matsunaga, estuda pedir anulação do julgamento após identificar desrespeito a regras da condução do júri. O pedido pode ser feito ainda nesta sexta-feira (2) ou após declarado o resultado do julgamento. Na manhã desta quinta-feira (1º) os advogados da ré perceberam a violação da incomunicabilidade de testemunhas, depois que o médico legista Carlos Alberto de Souza Coelho sugeriu ter conversado com o também perito Jorge Pereira de Oliveira. De acordo com a Folha, Coelho falava sobre a análise do corpo da vítima e, quase no final das perguntas da acusação, explicou a Oliveira o porquê de ter feito o aludo com anexos, ao invés de um único laudo. A advogada Roselle Soglio pediu "pela ordem" e que o termo "agora" fosse explicado. Coelho disse que na última terça (29) ou quarta (30) teria se reunido com Oliveira para tratar da questão. O artigo 460 do Código de Processo Penal prevê que as testemunhas não podem falar sobre o processo enquanto estiverem reunidas aguardando para depor. A defesa pediu a dissolução imediata do júri. O juiz Adilson Paukoski Simoni registrou a reclamação em ata, mas manteve a continuação do julgamento alegando que o teor da conversa não foi prejudicial ao processo e que o laudo em questão é de conhecimento público. Ainda conforme a Folha, o foi constado em ata que o promotor José Carlos Cosenzo se reuniu com uma das testemunhas de acusação, delegado Mauro Gomes Dias, já com o júri em andamento. Cosenzo justificou a reunião com o interesse em saber se a testemunha precisava de remédios, já que faz uso controlado de medicamentos.