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Cerveró cita Geddel e Renan em depoimento a Sérgio Moro no processo contra Lula

Cerveró cita Geddel e Renan em depoimento a Sérgio Moro  no processo contra Lula
Foto: Geraldo Magela / Agência Senado
O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), foram citados nesta quinta-feira (24) pelo ex-diretor Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, como participantes do esquema em que o PMDB do Senado teria passado a dar sustentação política a ele no cargo, em troca de propinas para as campanhas da sigla. O ex-dirigente da petroleira foi ouvido como testemunha de acusação no processo contra o ex-presidente Lula, em que o petista é acusado de corrupção e lavagem de R$ 3,7 milhões pagos pela empreiteira OAS, no caso do apartamento tríplex, do Guarujá (SP). De acordo com Fausto Macedo, do Estadão, Cerveró afirmou que foi indicado para o cargo pelo ex-governador de Mato Grosso do Sul, Zéca do PT, que tinha proximidade com o ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido). “Delcídio tinha trânsito muito grande, ele tinha sido do PSDB. Inclusive, quem indicou ele para a Petrobrás, em 1999, foi o PMDB, foi o pessoal do Geddel, o Jader Barbalho. E esse pessoal orientou o ministro Sillas (Rondeau, Minas e Energia), que fazia parte do grupo, a que me procurasse”, contou Cerveró, ao relatar como entrou na Petrobrás. Ainda segundo o delator, o apoio do PMDB veio após o episódio do mensalão, quando Delcídio, seu padrinho direto, teria perdido forças no governo. “Com a ocorrência do mensalão, o PMDB, na figura do ministro Sillas Rondeau, que era ministro do PMDB, que entrou em substituição a ministra Dilma, que foi para a Casa Civil, ele me chamou e disse que o PMDB do Senado, porque havia essa divisão, passaria a também me apoiar, então eu acertei com ele. Foi quando eu conheci o Renan Calheiros”, contou. “Não houve uma mudança (de apoio político), houve uma repartição, uma divisão. E aí, por conta disso, eu tive que atender, esse compromisso é uma via de duas mãos. Eu receberia o apoio, já que o apoio do PT, especificamente o Delcídio, estava desgastado, do PMDB do Senado, que era o grupo político mais forte do País, na época, e evidentemente eu teria que atender”, relatou.