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Da Luz aponta indícios de direcionamento em licitação da SIHS

Da Luz aponta indícios de direcionamento em licitação da SIHS
Foto: Bahia Notícias
Candidato a prefeito de Salvador nas últimas eleições municipais, Rogério Tadeu da Luz (PRTB), denunciou nesta sexta-feira (4), em entrevista ao Bahia Notícias, ter encontrado indícios de direcionamento de licitação em edital lançado pela Secretaria de Infraestrutura Hídrica do Estado (SIHS). De acordo com Da Luz, a concorrência Nº 001/2016, referente à contratação de mão de obra de engenharia, vai considerar os critérios de preço e nota técnica – tendo esta maior peso na escolha das empresas que participarão do certame. “Criaram uma fórmula engenhosa onde o preço é o que menos importa, restringindo a livre concorrência e até a formação de consórcios, direcionando o certame para empresas de grande porte. Resumindo, quem vencer essa licitação, poderá ter o maior preço de todas as propostas concorrentes”, explica Da Luz. A seleção ainda não foi realizada. São dois lotes no valor de R$ 4 milhões pelo período de cinco anos, resultando no valor global de R$ 40 milhões. “Esses engenheiros não serão contratados para fazer aquele serviço pontual e pronto. Eles estarão à disposição por cinco anos”, afirma. Da Luz argumenta que denunciou o vício no edital antes que a licitação seja realizada, evitando prejuízo aos cofres públicos. “Eu imagino que o governador Rui Costa não está envolvido nisso. Mas ele tem a caneta e pode impedir que isso aconteça”. Ele considera, porém, a concorrência “suspeita” e destaca que o titular da pasta, Cássio Peixoto, já foi exonerado, em janeiro de 2012, da chefia de gabinete do Ministério das Cidades após suspeitas de envolvimento em um esquema de fraude de pareceres. A demissão ocorreu dois dias depois que uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo sustentou, à época, que o então chefe de gabinete se reuniu com o empresário Luiz Carlos Garcia, proprietário da Poliedro Informática, e o lobista Mauro César dos Santos, para discutir detalhes de um projeto milionário antes do lançamento do edital de licitação (entenda o caso). “Fui como aliado político para trabalhar no cargo. Foi feita sindicância para apurar e fui inocentado. Não fui chamado para depor em lugar nenhum”, defendeu o agora secretário em fevereiro de 2013 (veja aqui), quando assumiu o controle da Bahia Pesca, estatal do governo do Estado.