Denúncia de policial do Senado desencadeou Operação Métis

A Operação Métis, deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira (20) e que terminou com a prisão de quatro policiais do Senado, foi motivada por uma denúncia feita pelo policial Paulo Igor Bosco Silva. Através de uma notícia-crime enviada à Corregedoria da Polícia Federal, Silva denunciou que a Polícia Legislativa do Senado utilizou agentes para “embaraçar diligências investigativas” da PF e do Ministério Público Federal (MPF) em relação a senadores e um ex-parlamentar implicados na Operação Lava Jato. De acordo com a revista Veja, Paulo Igor denunciou que o diretor da Polícia do Senado, Pedro Ricardo Carvalho, preso nesta sexta, enviou equipes em julho de 2014 para encontrar escutas e interceptações telefônicas nos endereços particulares do senador Edison Lobão Filho e do pai dele, Edison Lobão, então ministro de Minas e Energia, nos endereços de Brasília e de São Luís, no Maranhão. O parlamentar é investigado por suspeita de embolsar propina de empreiteiras que teriam praticado desvios bilionários da Petrobras. Outras varreaduras também foram feitas a pedido dos senadores Ciro Nogueira, Gleisi Hoffmann e Fernando Collor de Mello. O ex-senador José Sarney também foi beneficiado com o procedimento.