Delação de empresário ligado ao PMDB envolve Renan na Lava Jato, diz revista
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O presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) pode ser o próximo alvo da Operação Lava Jato. De acordo com a revista Veja, um suposto despacho sigiloso do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), traz a informação que o empresário e advogado Felipe Rocha Parente fez um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF). Apontado pela publicação como “homem da mala do PMDB”, Parente teria informado que entregava propinas para a cúpula do PMDB, fruto de dinheiro desviado da Transpetro, subsidiária da Petrobras. Entre os beneficiados do esquema estariam Calheiros e o senador Jader Barbalho (PMDB-PA). A delação do empresário ainda não foi homologada, mas teria sido confirmada por outros três delatores. Em maio deste ano, o procurador-geral da República Rodrigo Janot pediu ao STF que decretasse a prisão de Renan, do senador e ex-ministro do Planejamento Romero Jucá e do ex-presidente da República José Sarney. Os caciques do PMDB foram gravados por Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro e delator da Lava Jato. Ele afirma que cerca de R$ 100 milhões em propina foram repassados apenas para o partido do presidente Michel Temer (PMDB). No depoimento, Parente teria confirmado a entrega do dinheiro, com datas, nomes e lugares. Para oferecer provas, deu informações sobre hotéis onde se hospedou para finalizar o trabalho.