Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias
Você está em:
/
Notícia
/
Política

Notícia

Imbassahy e Aleluia negam crise na base de Temer; relações estariam estremecidas

Por Fernando Duarte, de Brasília / Bruno Luiz

Imbassahy e Aleluia negam crise na base de Temer; relações estariam estremecidas
Foto: Montagem / Bahia Notícias

O agora presidente Michel Temer (PMDB) começa seu governo com um problema para administrar. PSDB e DEM, que compunham a base governista de sua gestão interina, ensaiam um motim que pode culminar no abandono das siglas ao peemedebista. A decisão de senadores do PMDB de apoiar a não inabilitação da ex-presidente Dilma Rousseff para ocupar cargos públicos gerou mal-estar entre integrantes dos dois partidos e ameaça instalar uma crise que pode rachar os sustentáculos do governo Temer. O senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, não escondeu nesta quarta-feira (31) a insatisfação com parlamentares peemedebistas e os acusou de serem incoerentes (leia aqui). “Caberia ao PMDB ter uma posição única e sólida em defesa de todo o processo. O PSDB se manteve coerente desde o início. Agora nos preocupou no final essa manifestação do PMDB. Quero crer que não tenha havido algum tipo de entendimento que não nos tenha sido comunicado com outras forças da política nacional", afirmou Neves que, junto a colegas do DEM, ameaçou ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão, mas declinou da ideia. Apesar do perceptível estremecimento, deputados das duas siglas ouvidos pelo Bahia Notícias negaram uma possível ruptura com Temer. De acordo com o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (PSDB-BA) a relação com o presidente efetivo continua “inabalável”. “Não há nenhuma possibilidade de sairmos da base. A nossa posição demonstra inconformismo com a posição de senadores do PMDB”, refutou o baiano. Já José Carlos Aleluia minimizou a decisão a favor de Dilma, argumentando que este é “assunto menor”. “O partido já se reuniu logo quando ele [Temer] assumiu e decidiu integrar o governo. Isso [a não inabilitação de Dilma] é uma solução completamente fora dos parâmetros constitucionais. De certa forma a Lei de Ficha Limpa deixa claro que qualquer pessoa. Mas ela vai voltar a ser cidadã, nós não queremos perseguição”, tergiversou. Apesar das negativas públicas, os rumores pelos corredores do Congresso Nacional em Brasília dão conta de que o “poliamor” entre PMDB, PSDB e DEM não estaria nos melhores dias. Muitos interpretaram as declarações de Temer rechaçando uma “divisão inadmissível” na base do governo (veja aqui) como um recado a tucanos e democratas.