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Otto nega troca de votos por benesses e diz acreditar na inocência de Dilma

Por Estela Marques

Otto nega troca de votos por benesses e diz acreditar na inocência de Dilma
Foto: Reprodução / TV Senado
O senador Otto Alencar (PSD-BA) negou que seu voto no julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) seja motivado por benesses. Ventilou-se nos bastidores que o interesse do presidente interino Michel Temer (PMDB) na causa do Rio São Francisco, defendida por Otto e sem a atenção de Dilma, levasse o baiano a votar pela cassação da petista, o que ele negou em plenário, na madrugada desta quarta-feira (31). "Minha convicção é muito maior do que a sugestão de quem quer que seja. Nesse período, não me submeti a nenhuma persuasão", garantiu, emendando que seu voto é contra o afastamento definitivo da presidente petista. "No meu estado ela fez ótimo trabalho com Jaques Wagner e Rui Costa. Não precisava que ela me pedisse meu voto, ela teria crédito pelo trabalho que fez no estado da Bahia. (...) José Eduardo Cardozo me convence que não houve crime de responsbailidade. É exatamente por isso que vou votar contra o impeachment. Jamais mudaria de posição por qualquer interesse pessoal ou material", acrescentou o senador. Otto argumentou que o que consta nos autos não é suficiente para cassar o mandato de Dilma, já que nenhum outro gestor é impedido quando descumprem a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) ou cometem atos de improbidade administrativa. "Como conselheiro do TCE-BA julguei muito, rejeitei contas de prefeitos que descumpriram LRF, cometeram improbidade. Nenhum deles foi cassado. Levantei recentemente 11 governadores que publicaram decreto de suplementação sem autorização das assembleias. Me aponta um que foi cassado no Brasil", criticou. Em seu discurso, Otto citou músicas do compositor Chico Buarque para ilustrar a situação da presidente petista, como 'Cálice' e 'Geni e o Zepelim', e alfinetou os parlamentares que, antes aliados de Dilma, abandonaram a presidente à medida em que ela foi perdendo popularidade. "Quantos beberam do vinho da presidente e ontem disseram 'afaste de mim esse cálice'?", questionou. Confira abaixo o discurso de Otto na íntegra.