MPF diz que João Santana e Mônica Moura mentiram sobre caixa 2
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O Ministério Público Federal (MPF) declarou que o publicitário baiano João Santana e a sua esposa Mônica Moura mentiram em relação ao recebimento de caixa 2 pela campanha presidencial de Dilma Rousseff em 2010. Em depoimento prestado ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato em primeira instância, eles admitiram ter recebido US$ 4,5 milhões não declarados (veja mais). No entanto, argumentaram que não tinham conhecimento da origem do dinheiro. De acordo com o G1, o MPF entende que João e Mônica sabiam que o montante recebido de Zwi Zkornick tinha origem em propinas de contratos da Petrobras. "Apesar do esforço argumentativo feito por Mônica Moura e João Santana, observa-se claramente a incoerência e falsidade da tese defensiva. A análise conjunta dos fatos e das versões apresentadas pela acusada e por seu esposo João Santana revelaram claramente que o intuito da alteração de versão foi unicamente o de tentar induzir em erro o juízo, uma vez que a narrativa – também falaciosa – apresentada inicialmente pelos acusados perante a autoridade policial já estava claramente desacreditada diante dos elementos concretos demonstrados nos presentes autos", sustenta o MPF. O casal teve liberdade provisória concedida por Moro no dia 1º de agosto, mediante pagamento de fiança de R$ 28,7 milhões para Monica e R$ 2.756.426,95 para João, valores que já estavam bloqueados pela Justiça.