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Limites da reeleição: uso da máquina pública em campanha eleitoral tem fronteira tênue

Por Fernando Duarte

Limites da reeleição: uso da máquina pública em campanha eleitoral tem fronteira tênue
Foto: Valter Pontes/ Coperphoto/ Divulgação
Candidato à reeleição em Salvador, o prefeito ACM Neto (DEM) está próximo de atingir a fronteira tênue entre o gestor público e o candidato. Nesta segunda-feira (22), durante visita ao bairro do Lobato, ACM Neto “determinou a suspensão das licenças municipais da Embasa até a empresa regularizar o abastecimento de água no Lobato, na região da Prainha, ruas das Palmeiras, São Pedro e São Luiz”. A informação foi encaminhada pela equipe de campanha do democrata, que busca mais quatro anos à frente do Palácio Thomé de Souza (veja aqui). E mostra o quanto os limites entre o papel do prefeito e de candidato podem ser facilmente confundidos. Enquanto prefeito, qualquer ameaça à suspensão de licenças é válida quando os serviços prestados pelas concessionárias não atende os interesses da população. É essa a expectativa dos moradores de Salvador ou de qualquer outra cidade em qualquer canto do mundo. Porém quando o gestor é candidato à reeleição e em plena campanha eleitoral coloca a condição de prefeito para atender os anseios de um grupo específico, a tênue linha que separa o ACM Neto prefeito do ACM Neto candidato praticamente deixa de existir. Para além da antiga rusga entre o prefeito e a Embasa, gerida por um grupo político adversário, o episódio em questão permite, mais uma vez, questionar o estatuto da reeleição. E se o eleitor é beneficiário ou não de uma disputa política com os agentes políticos instalados no poder – o que amplia o debate também para os candidatos apoiados pelo governo do estado, Alice Portugal (PCdoB), Cláudio Silva (PP) e Sargento Isidório (PDT), que buscam capitalizar as obras de Rui Costa para si.