Disputa por vagas na Câmara de Salvador pressiona relação entre PTN e governo estadual
Por Fernando Duarte
Josias Gomes é alvo das críticas | Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias
Um imbróglio envolvendo as candidaturas a vereador do PTN em Salvador tem tensionado a relação entre a sigla e o governo do estado. No último pleito, com o apoio do então prefeito João Henrique, o partido conquistou a maior bancada da Câmara, com sete cadeiras – e o vereador mais votado, Carlos Muniz, com 16.959 votos. Após sair do arco de alianças do prefeito ACM Neto (DEM), o partido migrou para a base aliada do governo estadual depois da eleição de Rui Costa (PT) e esperava repetir o desempenho nas urnas na capital baiana. Porém, às vésperas da eleição, há um ruído de comunicação entre os articuladores da aliança que pode render uma nova aproximação dos candidatos com a chapa do prefeito. “O governo do estado não sabe fazer política”, teria reclamado um postulante à Câmara em conversas reservadas. O alvo das críticas seria, essencialmente, o secretário de Relações Institucionais, Josias Gomes, tido como fiador do apoio do PTN ao governo de Rui. Uma das principais reclamações é o excesso de promessas não cumpridas. A relação desgastada de Josias com políticos da base aliada do governo motivou críticas em diversas oportunidades e, com a proximidade com a eleição, voltou a se circular no meio político. Em público, todavia, o assunto não deve ser tratado.