Janot repassa ao STF dados de propina pagas por donos de Gol e JBS a operador

Alvo da Operação da Lava Jato, empresas ligadas ao dona da Gol Linhas Aéreas, Henrique Constantino, e o grupo proprietário da JBS repassaram propina ao corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro, segundo informações repassadas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal. De acordo com o procurador, as empresas ligadas a Constantino transferiram R$ 492.500 enquanto a JBS transferiu cerca de R$ 31 milhões a uma empresa do corretor. Ambas são suspeitas de pagar propina a fim de obter recursos do fundo de investimento do FGTS, com base em relatos da delação premiada do ex-vice presidente da Caixa, Fábio Cleto. Janot repassou esses dados, que compõem os relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), ao STF para pedir a busca e apreensão dos empresários na Operação Sépsis, da 31ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nessa sexta-feira (1º), em São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Distrito Federal (leia mais aqui). Segundo a Folha de S. Paulo, o advogado de Funaro, Daniel Gerber, defende que os pagamentos feitos ao corretor são por "negócios lícitos".