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Servidores protestam contra extinção da CGU durante passagem da Tocha Olímpica

Por Bruno Luiz

Servidores protestam contra extinção da CGU durante passagem da Tocha Olímpica
Foto: Divulgação
Servidores do novo Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle (MTFC) aproveitaram a passagem da Tocha Olímpica por Salvador para protestar contra a extinção da Controladoria-Geral da União (CGU), que deu lugar à pasta. A transição foi feita após Michel Temer assumir interinamente a Presidência da República em decorrência do afastamento da presidente Dilma Rousseff. Com uma faixa com os dizeres “O combate à corrupção tem nome: CGU”, um grupo de 25 pessoas percorre nesta terça-feira (24) o trajeto feito pelo Fogo Olímpico na capital baiana, em manifestação contrária ao que classificam como “tentativa de desmonte” do órgão fiscalizador. De acordo com o auditor Márcio Sampaio, integrante da Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle – (Unacon), as mudanças na CGU jogaram “um patrimônio no lixo”. “A gente acompanha desde a saída dela [a Tocha Olímpica] no Pelourinho, na Paralela, Dique, Pituba e Farol da Barra. A gente quer o retorno da CGU, a identidade CGU. Nós queremos a vinculação à Presidência da República para que ele possa fiscalizar outros ministérios, ter mais autonomia. É uma mudança que não agrega nada. Há uma perda tanto patrimonial quanto de gastos, como trocar sítios na internet, faixas em prédios com o novo nome. É uma despesa inútil, infrutífera”, criticou. Ainda segundo Sampaio, a categoria está “muito receosa e angustiada” com a extinção da CGU. “É algo muito preocupante mexer em órgãos de fiscalização em momentos como a gente vive agora. É algo muito preocupante, uma medida que não é apropriada. Não sabemos os rumos que isso vai tomar”, afirmou ao relacionar o fato com a exoneração do ministro do Planejamento, Romero Jucá (leia aqui), que apareceu em áudio divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo sugerindo um suposto pacto para neutralizar a operação, que se tornou símbolo do combate à corrupção no Brasil. Conforme Sampaio, a categoria pode entrar em greve caso o governo não reverta a decisão de extinguir o órgão controlador. “Se não tivermos uma resposta do governo, a categoria vai ter que deliberar sobre isso: para as fiscalizações e auditorias no Brasil inteiro”, assegurou. Apesar das críticas, o ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, Fabiano Silveira, afirmou que a mudança de nomenclatura da pasta não altera suas funções. “Transformar a CGU em um ministério é uma forma de dar uma maior visibilidade a esse que já se tornou um órgão no qual a sociedade confia plenamente e por isso manteremos todas as funções da Controladoria”, assegurou no último dia 17 de maio. Apesar de afirmar que a mudança deu status de ministério à antiga CGU, o órgão já tinha categoria ministerial.