Mães Pela Diversidade pedem mais amor no mundo: ‘é disso que precisamos’
Por Alexandre Galvão
Inês Silva | Foto: Genison Coutinho
A secretária executiva Inês Silva, de 47 anos, tinha uma família “comercial de margarina”. Um casamento duradouro, um casal de filhos estudiosos e com relacionamento estáveis. No entanto, em 2012, tudo mudou: a filha de Inês terminara a relação. Curiosa, Inês abriu o e-mail da filha e descobriu que a garota era lésbica. Quando viu ruir o seu “conto de fadas”, Inês tentou suicídio. Um ano depois e um pouco mais recuperada do primeiro “baque”, Inês viu o relacionamento do seu filho também terminar. Logo em seguida, a notícia: ele, que sempre namorou meninas, é gay. Outra decepção e outra tentativa de suicídio. A tábua de salvação da secretária executiva foi o marido, que sempre pareceu homofóbico e bastante machista. Hoje, anos depois, Inês Silva é coordenadora na Bahia do grupo Mães pela Diversidade, um grupo de mulheres que tem como objetivo descontruir o preconceito em famílias que descobrem ter um membro LGBT. “O grupo abriu minha visão para enxergar além do meu mundo. Eu não via a vida dos meus filhos. O grupo serviu para me melhorar como pessoa”, afirma, em entrevista ao Bahia Notícias.
Kátia e os filhos | Foto: Arquivo pessoal