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Conservadorismo prevalece em votação do Plano Estadual de Educação

Por Fernando Duarte

Conservadorismo prevalece em votação do Plano Estadual de Educação
Foto: Reprodução/ Revista Fórum
Analistas apontam, desde a eleição de 2014, que há uma tendência de conservadorismo no Congresso Nacional, com a emergência de grupos ligados a religiões que confundem a laicidade do estado brasileiro com o interesse do grupo por eles representados. Nesta quarta-feira (4), a aprovação do Plano Estadual de Educação na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) sinalizou que o conservadorismo não fica restrito ao plano federal. Foram excluídos os termos “gênero” e “sexualidade”, temas tão caros a minorias, que almejam espaço para ter vozes representativas audíveis no cenário político-social. Apesar do intenso debate travado nos últimos dois dias sobre a inclusão ou não dos termos – algo raro no legislativo baiano -, a aprovação de um plano de educação genérico não contribui para uma sociedade que exclui desiguais. O fundamentalismo religioso, que utilizou argumentos como “mulher com mulher dá jacaré e homem com homem vira lobisomem”, citados no plenário sob a crítica da deputada Fabíola Mansur (PSB), sinaliza que o conservadorismo não se restringe à Câmara dos Deputados e ao Senado. Enquanto o líder governista, Zé Neto (PT), considera que a aprovação do plano nos termos em que foi votado representa uma “reversão de derrota” governista, a exclusão do debate sobre “gênero” e “sexualidade” nas escolas significa uma derrota para a diversidade social, cultural e sexual da sociedade moderna. E os deputados estaduais baianos perderam uma boa oportunidade de serem menos obtusos.