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Deputado Alessandro Molon critica impeachment e quer Cunha cassado

Por Cláudia Cardozo / Camila Botto

Deputado Alessandro Molon critica impeachment e quer Cunha cassado
Foto: Reprodução/Twitter Anamatra
O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) criticou o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Em entrevista ao Bahia Notícias, durante o 18º Congresso Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Conamat), o deputado disse que o processo é um equívoco. "Lamento profundamente que o resultado tenha sido de aprovar um parecer vazio de provas, que são essenciais para o afastamento de alguém eleito pelo voto popular. A medida mais grave em uma  democracia é destituir uma decisão tomada pelo povo e foi isso que foi feito pela Câmara", afirmou. Para Molon, os direitos trabalhistas estão ameaçados com um possível governo Michel Temer. "Se anunciam medidas que tem como objetivo a retirada de direitos, especialmente os trabalhistas. Já vemos aqueles que vão lucrar com isso. Lamentamos por esse momento que as garantias dos direitos dos mais pobres podem ser retirados", pontuou. Molon lamentou ainda "o risco de ter retrocessos, que significam a perda de conquistas de décadas de luta". Segundo o deputado, o Senado poderia arquivar o processo de impeachment, mas isso só "aconteceria se houvesse mudança na opinião pública". Depois da sessão da Câmara, no entanto, o deputado acredita numa mudança de percepção. "Quando assistiram a votação, muita gente que pensava ser uma boa ideia, mudou de opinião", disse. Questionado sobre Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Molon lamentou que ele ainda esteja na presidência da Câmara. "O deputado continua com muito poder, lamentavelmente. Há os que o temem e aliados dele. Mas há também parlamentares independentes, corajosos e autônomos, que percebem que essa situação já passou de todos os limites. É fundamental afastá-lo e cassar seu mandato", afirmou. Molon espera que o Supremo Tribunal Federal (STF) não adie mais o julgamento de Cunha. "Já deveria o ter afastado. Ele precisa sair em respeito ao Brasil", encerrou.