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Kátia Abreu assina decreto que transforma Ceplac em departamento

Por Rebeca Menezes

Kátia Abreu assina decreto que transforma Ceplac em departamento
Foto: Reprodução / Colégio Antônio Sá Pereira
A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, assinou o decreto que transforma a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) em um departamento vinculado à pasta. Apesar das críticas de servidores e diversos parlamentares ligados ao órgão, a decisão foi publicada na edição desta sexta-feira (1º) no Diário Oficial da União (DOU). O deputado estadual Rosemberg Pinto (PT) já havia alertado para a possibilidade de “extinção” da Ceplac caso a proposta da ministra fosse concretizada (veja aqui) e o presidente da Associação dos Técnicos em Fiscalização Federal Agropecuária (Ateffa-BA), José Bezerra, avaliou que a transformação poderia levar à perda de tecnologia e pesquisa (entenda aqui). Procurado nesta sexta pelo Bahia Notícias, Bezerra disse que a publicação foi uma “surpresa para todo mundo”. “Depois de tudo que foi dito, de tudo que foi trabalhado pra tentar reverter. Ela garantiu à bancada baiana que não faria nada até que se chegasse a uma alternativa melhor”, lamentou. Segundo o presidente da Ateffa, os servidores devem se reunir na próxima segunda-feira (4) para discutirem as medidas que serão tomadas. “De antemão já se sabe que não tem condição nenhuma de continuar como está. Foi um desmantelamento. Mas vamos avaliar tudo direitinho. O erro ela já cometeu, agora a gente tem que ter cuidado para não haver erros”, criticou. Bezerra disse ainda não haver previsão de demissões, mas reforçou que parte do trabalho deve ser perdida. “Nós não sabemos ainda [se haverá demissões], mas da forma como ela colocou vai ter aposentadoria, remanejamento, transferências... Não se enquadra no que temos hoje”, explicou. O deputado federal Bebeto Galvão (PSB) também se disse “indignado” com o “golpe” aplicado por Kátia Abreu. “A ministra traiu a confiança de toda bancada, ela mentiu sorrateiramente. Numa só canetada, essa senhora assina o esvaziamento e a morte por inanição de um órgão respeitado mundialmente, assumindo oficialmente o desrespeito e abandono com a cultura do cacau. Nós da bancada baiana e dos outros cinco estados produtores de cacau precisamos ir pra cima. Não podemos aceitar esse golpe”, acusou Galvão.