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Samara Braga é confirmada como primeira pré-candidata trans em Alagoinhas pelo Psol

Samara Braga é confirmada como primeira pré-candidata trans em Alagoinhas pelo Psol
Foto: Divulgação/ Psol
Após sua pré-candidatura à prefeita ter sido negada pelo Psol, Samara Braga foi oficializada pela legenda como a primeira prefeiturável transgênero em Alagoinhas, no Agreste baiano. A decisão foi tomada por unanimidade neste final de semana, durante reunião do Diretório Municipal de Alagoinhas. Samara tem o apoio do presidente estadual do Psol, Ronaldo Santos, que esteve presente na reunião e influiu no resultado. A pré-candidata destacou que sua plataforma levanta as bandeiras da comunidade LGBT e da população negra no município. “Elas precisam ter vagas no mercado de trabalho para que não continuem recorrendo à prostituição como a única fonte de renda e de sobrevivência. Meu projeto vai defender que elas possam trabalhar e exercer livremente a identidade de gênero sem sofrer retaliações e preconceito”, pontuou Samara, em menção à condição das mulheres trans, como ela. Samara lançou, durante o encontro, uma proposta de projeto de lei para ser encaminhado à Câmara dos Vereadores da cidade, que determina às empresas instaladas em Alagoinhas a inclusão, no mercado de trabalho, de transexuais e travestis. A pré-candidata ressaltou que não vai restringir sua campanha às reivindicações da população LGBT, mas que vai abordar pautas sociais relativas à habitação, saúde, educação, transporte e ampliação da cidadania dos alagoinhenses. “Os outros candidatos não representam em totalidade os interesses dos setores excluídos e marginalizados de Alagoinhas. Visam apenas favorecer as elites e os grandes empresários”, apontou ela, que terá como um das principais lutas a moradia popular. A pré-candidata fez críticas à ausência de políticas públicas nos conjuntos habitacionais pertencentes ao Programa “Minha Casa, Minha Vida”, especialmente, o projeto da Vila São Pedro, onde ela reside. “ Eles construíram as casas em um local de difícil acesso, isolado, na periferia. Não temos posto de saúde próximo, saneamento básico (rede de esgoto), a iluminação é precária, precisamos de pavimentação asfáltica e os pontos de ônibus ficam muito longe. Na maioria dos locais, as pessoas ficam debaixo de sol e chuva esperando ônibus que levam muitas vezes mais de 1 hora para chegar, pois existem apenas dois pontos de ônibus concretos”, citou.