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‘Extinção’ da Ceplac levará a perda de tecnologia e pesquisa, alertam servidores

Por Rebeca Menezes

‘Extinção’ da Ceplac levará a perda de tecnologia e pesquisa, alertam servidores
Foto: Reprodução / Colégio Antônio Sá Pereira
A ‘extinção’ da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) pode afetar não só o orçamento, mas toda a produção de pesquisa e tecnologia desenvolvida pelo órgão. Segundo o presidente da Associação dos Técnicos em Fiscalização Federal Agropecuária na Bahia (Ateffa-BA), José Bezerra, a proposta da ministra Kátia Abreu de transformar a instituição em uma coordenadoria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) levará ao fim todo trabalho realizado nas seis unidades do país. “Tirar ela da situação que está, subordinando a uma secretaria, é a mesma coisa que acabar. No cenário mais promissor, vai virar um departamento. Precisamos de uma reforma, mas não desse jeito”, avaliou Bezerra. “Vai perder orçamento, perder autonomia, todas as políticas públicas que estamos desenvolvendo na região”, enumerou o presidente da associação. Para ele, contudo, as pesquisas desenvolvidas serão as mais afetadas caso a mudança ocorra. “Nós deixaremos de existir como órgão de pesquisa, de inspeção e difusão de tecnologia, vão acabar. As culturas perenes e tropicais que a Ceplac trabalha, o conhecimento... perdemos tudo”, criticou. A situação, denunciada pelo deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), foi confirmada pelo deputado federal Félix Jr. (PDT). Presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Lavoura Cacaueira, o pedetista acredita que transformar a Ceplac em coordenadoria é apenas “um passo para a extinção”. “A lavoura cacaueira já está sofrendo demais, com a vassoura de bruxa, com o aumento da produção de cana... Nós não podemos aceitar que a Ceplac leve outro golpe. Pelo contrário, precisamos de seu fortalecimento”, defendeu o parlamentar. Segundo Félix, apesar de não “prever” um projeto deste tipo, a frente parlamentar deve atuar para encontrar uma alternativa melhor para o órgão. Mesmo com a movimentação para barrar a mudança, contudo, o deputado acredita que é possível que a extinção é uma ameaça real. “Acredito sim, porque é uma decisão política. E hoje, no Brasil, parece que os políticos opinam pouco. Será uma luta árdua”, lamentou.