Com diversidade de atrações, Durval diz não se sentir 'seduzido' pelo carnaval de Salvador
Por Bruno Luiz / Renata Farias
Foto: Bruno Luiz/ Bahia Notícias
O cantor Durval Lelys, que se apresenta nesta segunda-feira (8) no Circuito Dodô, afirmou que o carnaval de Salvador necessita de um novo modelo para suprir as necessidades dos blocos com corda. "Acho que os blocos estão com muita dificuldade. Hoje, o maior problema que a gente enfrenta é o sistema de cordeiros, porque a situação é muito difícil controlar a democracia do momento do carnaval com o bloco de carnaval. Eu acho que os blocos poderiam ter um novo modelo, um novo espaço, mas isso é muito complicado", argumentou em entrevista ao Bahia Notícias. Para ele, uma alternativa que facilitaria a sobrevivência dos blocos seria a "exportação" do carnaval, já que artistas de todo o Brasil já se apresentam na capital baiana. Com isso, a concorrência entre os diferentes blocos se torna maior. "O que tá acontecendo agora, que é bom, é que todos os artistas do Brasil vêm pra Bahia, porque o palco é muito mais oportuno", avaliou. "Criar esse movimento no Brasil até que aqui folgasse de novo para poder aceitar a pressão do bloco. Não existe culpado nisso. É o sistema mesmo, nós estamos absorvendo todos os artistas do Brasil. Por exemplo, Luan Santana tá aqui, Wesley Safadão, samba, rock, e lá tá vazio", completou sobre a realização de festas de carnaval em outros estados além de Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro. Por conta disso, o artista disse não se sentir mais tão atraído pelo carnaval de Salvador quanto no passado. "Eu tenho proposta para fazer bloco no Brasil inteiro. Como eu sou 'bloqueiro', acho que fazer bloco em Salvador já não é tão sedutor como em outros lugares. Acho que se fizesse um bloco no Rio, em Brasília, em São Paulo, ou em Fortaleza, eu teria um movimento de carnaval de bloco mais suave". Puxando bloco sem cordas no Furdunço deste ano, Durval disse ter percebido a presença de pessoas que "nunca tinha visto" na Barra. "Eu sou acostumado a fazer Barra-Ondina e no domingo antes, no Furdunço, já tinha gente que nunca tinha visto em minha vida aqui na Barra. Realmente a Bahia está superlotada de turistas e de baianos que resolveram curtir o Carnaval".