PGR aponta Lobão como ‘elo’ entre desvios da Petrobras e Eletronuclear, diz revista

Um documento de 62 páginas produzido pela Procuradoria-Geral da República (PGR) apontaria o ex-ministro de Minas e Energia, senador Edison Lobão (PMDB), como personagem que unia os esquemas de corrupção na Petrobras e na Eletronuclear – ambos são alvo da Operação Lava Jato. De acordo com a revista Época, os investigadores afirmam que é possível apontar Lobão “como um dos vários pontos comuns (ápice da pirâmide no âmbito do Ministério das Minas e Energia) que formam uma área de intersecção crescente das duas investigações em andamento que revelam, quando avaliadas em conjunto, uma única estrutura criminosa”. A publicação afirma, ainda, que o senador era o responsável por lidar com qualquer propina que envolvesse os setores de petróleo e energia nuclear. A PGR teria se baseado em provas como os depoimentos de Luiz Carlos Martins, da Camargo Corrêa, e de Ricardo Pesssôa, dono da UTC. De acordo com a revista, Pessôa detalhou o suposto pagamento de R$ 1 milhão a Lobão por contratos relacionados à usina Angra 3. O valor seria adiantamento de uma propina maior, no valor de R$ 30 milhões, que o senador do PMDB teria solicitado por precisar de “contribuições de campanha”.