Governo do Estado trava ida de Sônia Magnólia para Gestão de Salvador
Por Alexandre Galvão/ Fernando Duarte
ACM Neto e Sônia Magnólia | Foto: Max Haack/Ag. Haack/Bahia Notícias
Apresentada há uma semana como nova secretária de Gestão de Salvador, a economista Sônia Magnólia ainda não foi nomeada oficialmente para a função. A futura gestora é servidora de carreira do governo da Bahia, o que estaria atrasando a posse como secretária no município. Sônia entrará em substituição a Alexandre Pauperio, acusado pelo Ministério Público da Bahia de participar de um esquema que desviou quase R$ 40 milhões da administração municipal, entre 2009 e 2012, e de atuar como lobista em favor do seu pai e madrasta. A chegada de Sônia à gestão do prefeito ACM Neto (DEM) anda nebulosa e o motivo causador dos ares turvos, segundo fontes do Bahia Notícias, é o vínculo empregatício de Magnólia com o governo estadual. Ela foi gestora do Planserv e é ligada ao ex-governador e atual ministro da Casa Civil, Jaques Wagner. Por "birra" ou "moralização" das mudanças, o governo estadual quer dar uma "segurada" nos empréstimos de funcionários a outras administrações - como garantiu uma fonte ligada ao governo Rui Costa (PT). Outro fator que pesa contra a nomeação da economista é o panorama na pasta de Gestão. Segundo colaboradores da secretaria, Sônia já começou a frequentar o novo emprego – mesmo sem contrato assinado -, mas não gostou nada do que encontrou. Por hora, o chefe da Gestão municipal é Carlos Eduardo Merlin – que também é diretor-geral de inovação da pasta e é ligado a Pauperio. Prepostos do governo municipal, no entanto, negam as intercorrências e garantem que até esta sexta (9) Sônia assume a pasta.