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PTN passa por debandada e quadros reclamam de direção

Por Alexandre Galvão

PTN passa por debandada e quadros reclamam de direção
Carlos Muniz, Alex Lima e Alan Castro | Foto: Montagem/ Bahia Notícias
Em seis meses, o PTN saiu da base do prefeito ACM Neto, foi para a base do governo Rui Costa, assumiu o Detran e, agora, está vendo seus quadros saírem da legenda. A debandada foi iniciada nesta final de semana passado, com a desfiliação do Tude – tido como importante liderança em Camaçari – está passando pela Câmara Municipal de Salvador (CMS), logo, logo estará na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) e, segundo os quase-ex quadros do partido nada tem a ver com a aproximação com o governo Rui, mas, sim, com a imposição da candidatura do deputado estadual Pastor Sargento Isidório pelo partido à prefeitura de Salvador. Nesta segunda-feira (10), dois vereadores de Salvador anunciaram que deixarão a legenda – Beca e Kiki Bispo. As duas baixas na Câmara, no entanto, podem não ser as únicas. Carlos Muniz, também vereador pela legenda, e o mais votado da cidade em 2010, não está satisfeito com a gestão do partido. “Quero saber o que está acontecendo. O partido está ficando frágil e eu não vou querer ficar num partido frágil”, sinalizou, nesta segunda, em contato com o Bahia Notícias. Muniz disse ainda que é “difícil ficar em um partido sem comunicação” e afirmou que a sigla “não pode ser familiar” – em referência à dobradinha dos irmãos Bacelar no comando do PTN, João Carlos na presidência e Maurício à frente do Detran.


João Carlos e Maurício Bacelar | Fotos: Bahia Notícias

“O partido cresceu com conversar internas, com apoio de quem participa e você não vê mais isso. O partido não pode ser familiar”, criticou. Deputado de primeiro mandato, Alex Lima também não está bem com os principais dirigentes do PTN. Chateado com a mudança de comando em Alagoinhas e com a debandada na CMS, ele diz estar “avaliando” deixar o ninho dos Bacelar. “Estou numa situação desconfortável. Acho que isso já está público. No momento estou ouvindo meus parceiros políticos, meus prefeitos e minhas lideranças”, apontou. A mudança de partido, segundo o parlamentar, vai depender da legislação aprovada pela reforma política – ainda em tramitação na Câmara dos Deputados. “Não vou ser candidato em 2016, mas quero tomar essa decisão antes de outubro”, informou. O problema do PTN, ainda na avaliação de Lima, é a condução do partido. “São muitos equívocos. Não é possível que tudo isso esteja acontecendo e a direção do partido não consiga refletir”, indignou-se. Em reservado, integrantes do partido apontam que Alan Castro – também deputado estadual – deve procurar outro ninho para se esquentar. O Bahia Notícias tentou contato com o parlamentar, mas não obteve sucesso. Se todas as baixas foram confirmadas, restará ao PTN na capital o vereador Toinho Carolino – muitíssimo ligado ao presidente do partido – e a direção geral do Detran – que ficará em cheque com o partido esvaziado.