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Erro de previsão da Petrobras leva a prejuízo de R$ 6 bi e altera mercado da gasolina

Erro de previsão da Petrobras leva a prejuízo de R$ 6 bi e altera mercado da gasolina
Foto: Divulgação
A perda atribuída à Petrobras em operações de importação de nafta investigadas pela Polícia Federal teria acontecido por conta de um erro de análise cometido pela estatal em 2009. A Petrobras assumiu ao Ministério Público Federal (MPF) que, ao negociar um contrato com a Braskem, seis anos atrás, apostava na existência de um excedente de produção para atender a petroquímica. O que aconteceu  na verdade foi que o aumento da demanda interna por gasolina inviabilizou esse cenário e obrigou a petroleira a importar nafta. A operação, atualmente sob investigação no âmbito da Operação Lava Jato, mostrou-se desfavorável à estatal, que, curiosamente, contribuiu para inviabilizar suas próprias projeções. De acordo com o Estadão, o mea-culpa da Petrobras consta em esclarecimento enviado ao MPF e assinado pelos advogados Anderson Reis e Carlos da Silva Fontes Filho, em nome da estatal. O documento aponta que em 2009, data da assinatura do último acordo plurianual com a Braskem, o cenário projetado pela estatal sugeria que a empresa permaneceria exportadora de gasolina. Para amenizar a conta externa, a Petrobras decidiu adicionar o "máximo possível" de nafta na composição de gasolina nacional, segundo a empresa, e passou a importar nafta para atender a Braskem. A operação era financeiramente atrativa, de acordo com a estatal, porque o custo de importação do insumo petroquímico era inferior ao da gasolina. Porém, o erro de avaliação levou a um prejuízo de R$ 6 bilhões à estatal, que levou à desconfiança em relação à existência de práticas ilícitas envolvendo as duas empresas. Após a assinatura do contrato de nafta, o Brasil acabou se tornando importador de gasolina ao invés de exportador, de acordo com o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), Adriano Pires. "O cenário projetado pela Petrobras não se confirmou porque o governo passou a utilizá-la como instrumento de política, como forma de controlar a inflação e estimular a economia. Até 2009 o Brasil era exportador de gasolina, mas nos tornamos importadores em 2010", afirmou o especialista.