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‘Corrupção é endêmica e está em processo de metástase’, diz procurador da Lava Jato

Por Rebeca Menezes

‘Corrupção é endêmica e está em processo de metástase’, diz procurador da Lava Jato
Foto: Divulgação/ Unafe
O procurador federal Athayde Ribeiro Costa afirmou que o esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato continuou a ocorrer mesmo após a prisão dos primeiros executivos por agentes da Polícia Federal e se espalha por diversos órgãos da administração pública. “A corrupção no Brasil é endêmica e está em processo de metástase”, comparou durante coletiva de imprensa realizada na Superintendência da PF em Curitiba, nesta terça-feira (28). O procurador explicou que as ações tomadas na 16ª fase da Lava Jato são referentes a empresas já investigadas e que formaram um consórcio para concorrer aos contratos de obras na usina nuclear Angra 3, no Rio de Janeiro. As empresas que fazem parte são Camargo Corrêa, UTC, Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez, Odebrecht e EBE (Grupo MPE). A Engevix também foi citada, apesar de não fazer parte do consórcio, pois já tinha contratos na usina. De acordo com Ribeiro, houve direcionamento para que as empresas concorressem sozinhas. Assim, na fase de concorrência, elas já sabiam que venceriam. “Houve uma reunião em que as empreiteiras discutiram sobre o repasse dos contratos ao Othon Luiz”, contou, em referência ao presidente licenciado da Eletronuclear, um dos presos pela PF nesta terça. Ele explicou ainda que Othon Luiz e o executivo Flávio David Barra, executivo da Andrade Gutierrez, não foram detidos apenas com base nos depoimentos da Lava Jato. “A palavra de um colaborador não leva a medidas de prisão. Nós fizemos nosso trabalho, fizemos nossa investigação, que levou às prisões”, defendeu.