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Bahia é 3º estado em número de mortos por PMs; no Brasil, média é de seis por dia

Bahia é 3º estado em número de mortos por PMs; no Brasil, média é de seis por dia
Imagem do inquérito sobre as 12 mortes no Cabula | Foto: Divulgação/PC
A Bahia é o terceiro estado com mais mortos em ações de policiais militares do Brasil, aponta levantamento feito pelo G1 com base em dados das secretarias de Segurança Pública. De acordo com a lista, que considera 22 unidades federativas do país, São Paulo registrou 695 mortes em operações da PM realizadas em 2014. No Rio de Janeiro, segundo colocado, foram 582 mortes, enquanto na Bahia foram 256. No país, foram em média seis mortos por dia. O levantamento não considera os dados do Distrito Federal e do Mato Grosso do Sul, que não responderam aos questionamentos feitos. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 1.231 pessoas foram mortas em confronto por PMs em serviço no país em 2013, enquanto que, em 2012, foram 1.457. Já em 2014, de acordo com o levantamento, foram ao menos 2.368. No mesmo ano, segundo o G1, 132 policiais foram mortos durante o trabalho. Neste caso, a Bahia aparece como primeira no ranking, representando 31 casos. Logo após vem o Mato Grosso, com 18. Para o procurador Marcelo Godoy, secretário-executivo da câmara do Ministério Público Federal responsável pelo controle da atividade policial, a falta de transparência é um dos principais obstáculos para que a sociedade possa monitorar o que acontece. “De um modo geral, temos dificuldade e imprecisão em relação aos dados de segurança pública. Em relação às mortes provocadas por policiais, enfrentamos resistência, em alguns casos, ao acesso do MP aos dados. É preciso maior transparência. Também há outro aspecto: pode haver corporativismo", afirma. Para tentar entender a questão, o Conselho Nacional do Ministério Público iniciou neste ano um cadastro nacional de ocorrências em que haja mortes provocadas por agentes do estado, como PMs, policiais civis, guardas, agentes penitenciários ou policiais federais. O objetivo é ter detalhes sobre os casos, como os locais onde ocorrem, nomes dos envolvidos e das vítimas, além de potencializar a presença do MP na apuração dos casos. A reportagem questionou a PM da Bahia sobre como é a fiscalização interna em relação aos confrontos, como no caso das 12 mortes no Cabula, mas não obteve retorno.