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Em crise, lojas ‘pagam’ estacionamento de clientes em Salvador

Em crise, lojas ‘pagam’ estacionamento de clientes em Salvador
Foto: Reprodução / Salvador Shopping
Os donos de lojas dos principais shoppings de Salvador não estão nada satisfeitos com a cobrança dos estacionamentos, que começou no dia 22 de junho. Além de terem que enfrentar os problemas causados pela crise econômica, os empreendedores viram o fluxo de clientes diminuir ainda mais depois da adoção da medida, que levou alguns soteropolitanos a boicotarem os locais. Por isso, algumas lojas tiveram uma ideia inusitada: “pagar” pelo estacionamento daqueles que comprarem um valor mínimo. Segundo o Correio, uma das pioneiras da prática foi a unidade do fast-food Rock & Ribs, no Salvador Shopping. No local, a cada R$ 60 reais em consumo, o cliente ganha um desconto de R$ 6 – valor equivalente a uma hora no local. “Não temos nenhuma vinculação com o estacionamento do shopping, praticamos o desconto para o cliente na hora da compra aqui”, explicou o dono da Rock & Ribs, Vitor Lisa. “Temos apenas quatro meses funcionando e já percebemos que com a cobrança haveria uma queda, tivemos necessidade de cortes de pessoal (duas demissões), a queda de faturamento chega a uns 40%”, acrescentou o empresário. No Shopping da Bahia, a loja Guaibim também adotou o benefício para aqueles que fizerem compras acima de R$ 300. O gerente Robson Santos comemorou. “Na primeira semana da cobrança de estacionamento, tivemos uma queda de 12% nas vendas, mas conseguimos recuperar 10% após o benefício”, explicou. A Associação Brasileira dos Shopping Centers (Abrasce), uma dos principais defensoras da cobrança do estacionamento, disse que cada loja está livre para agir como preferir. Para o vice-presidente da Associação de Lojistas do Center Lapa (Alcel), Silvio Mayan, no futuro os próprios shoppings podem fazer promoções pontuais de desconto ou isenção da cobrança, para atrair clientes. “No momento, é muito cedo ainda para se pensar nessas promoções ou para sentir o movimento, mas os shoppings do Centro têm características diferentes. Eles foram construídos há mais de 19 anos, quando ainda não havia uma exigência de vagas proporcionais ao tamanho do estabelecimento, o que gerou na verdade um déficit de vagas”, contou.